Ramiro conhece aterro de reciclagem da SBR Reciclagem
Situado em Canoas, local recebeu 14.000 m³ de entulho do prédio da Secretaria Estadual da Segurança Pública, implodido no início de março
A remoção dos entulhos do prédio da Secretaria Estadual da Segurança Pública (SSP), implodido dia 6 de março em sete segundos, já foi todo removido e transferido para o aterro administrado pela empresa SBR Reciclagem, em Canoas. O vereador Ramiro Rosário (PSDB) visitou o local, na sexta-feira, 8, acompanhado do engenheiro Marcos Dauernheimer. Ele contou que foram feitas 1.026 viagens de caminhão para transportar 14.000 m³ de entulho até a cidade vizinha. “Teve dias que recebemos mais de 100 caminhões, durante os três turnos do dia”, contou. Ao todo, o trabalho durou 35 dias. Além do entulho, foram enviadas e 2.100 m³ de sucata para as unidades da Gerdau de Charqueadas e Sapucaia do Sul.
Dauernheimer disse que o concreto dos nove andares do edifício (parcialmente destruído por um incêndio no dia 14 de julho de 2021) será reciclado e reinserido na indústria. Dois bombeiros morreram enquanto trabalhavam para controlar as chamas. O engenheiro da SBR mostrou que o entulho chega misturado na usina, contendo terra, concreto, tijolo, plástico, papel, papelão, madeira, pedaços de metal até parte de alguns processos físicos. A triagem separa os materiais. O concreto e o tijolo são britados, peneirados e reutilizados. “É um material de grande qualidade, o concreto cinza”, observou. Ramiro ficou impressionado com o trabalho feito. “Foi ágil, seguro e um exemplo de reaproveitamento de materiais que poderiam virar só lixo”, comentou.
Construído em 1972, o prédio foi originalmente sede da Rede Ferroviária Federal S/A (RFFSA). Comprada pelo Estado em 1998, recebeu a SSP em 2002. Por quase 20 anos, funcionaram ali diversos órgãos da Segurança Pública, como o Comando de Policiamento da Capital, o Instituto-Geral de Perícias, o Departamento de Trânsito (Detran-RS) e o Departamento de Comando e Controle Integrado (DCCI).