SAÚDE MENTAL

ROTEIRO DE VISITAÇÃO AOS CAPS DE PORTO ALEGRE CONTINUA

ROTEIRO DE VISITAÇÃO AOS CAPS DE PORTO ALEGRE CONTINUA
ROTEIRO DE VISITAÇÃO AOS CAPS DE PORTO ALEGRE CONTINUA

Na condição de Presidente da Frente Parlamentar da Promoção à Saúde Mental, a Vereadora Psicóloga Tanise Sabino, realizou uma reunião com o CAPS Harmonia, nesta quarta-feira, 27 de outubro. A iniciativa faz parte do roteiro de visitação que está sendo promovido pela parlamentar em todos os Centros de Atenção Psicossocial (CAPs) de Porto Alegre, com o objetivo de compartilhar experiências, entender a realidade e os principais desafios enfrentados.

Inicialmente, a Vereadora contou sua trajetória profissional, sendo psicóloga de formação há mais de 17 anos, sua trajetória na área da administração pública e hoje vereadora, se colocando à disposição para ser porta-voz do CAPS na Câmara Municipal de Porto Alegre. Segundo ela, "me encontrei no papel de vereadora para representar a área da saúde mental e promover políticas públicas nesse sentido”. 

A coordenação do CAPS Harmonia é feita pela Psicóloga Flávia Darski, que dedicou sua manhã para apresentar o Centro, que possui quase 20 anos de atuação com o público infanto-juvenil (de 0 a 18 anos) e que atende em torno de 120 pessoas por mês, nas regiões Centro, Sul Centro-Sul e Restinga Extremo-Sul da Capital. A unidade está aberta das 8h às 18h, para quem já realiza seu atendimento no local e, em cada turno, fica à disposição uma pessoa de referência, para auxiliar em crises e situações de emergência. O Centro atende casos de transtornos mentais severos e persistentes, casos de sofrimento grave, abuso e tentativa de suicídio, trabalho que vai além da criança e abrange toda a família.

No encontro, foram apresentados alguns pontos positivos e pontos a melhorar no CAPS. Segundo a Coordenadora, "Possuímos um prédio próprio, o que nos traz uma segurança de que esse local é nosso e é público. Temos também como ponto positivo uma diversidade de profissionais em nossa equipe, com diferentes linhas de entendimento. Nossa equipe conta com psicólogo, psiquiatra, enfermeiro, técnico de enfermagem, terapeuta ocupacional e residentes”. A Coordenadora Flávia também salientou o espaços de formação e educação permanente promovido internamente como algo muito positivo do trabalho. Além disso, o CAPS possui oficinas de culinária, fotografia e grupos terapêuticos de acordo com a idade da criança e jovem. Alguns pontos a melhorar também foram levantados, como a sede do CAPS que necessita de manutenção e reparos, poucos integrantes na equipe para atender um amplo território, dificuldade para visitas domiciliares e falta de materiais para as atividades, como tinta, pincel, massinha de modelar, brinquedos e jogos. Um outro fator destacado foi a segurança do local, pois ao lado do Centro está localizado um terreno baldio. 

Outro ponto abordado foi a questão do acolhimento, primeira consulta e todo o processo para direcionar a pessoa para o CAPS, pois o processo demora em média três meses e os novos casos precisam de uma atenção imediata. Também foi comentado sobre as capacitações, pois muitas vezes falta treinamento para dar estrutura para a atenção primária, faltando auxílio para os profissionais entenderem como se portar diante de casos mais graves, como as tentativas de suicídio. 

No Centro também é promovido um Brechó Terapêutico, totalmente realizado em parceria entre a equipe do CAPS e as famílias e o lucro obtido é utilizado para auxiliar na compra de materiais para as oficinas. A Coordenadora também citou esse momento de pandemia que o país está passando. “Foi um ano difícil, a pandemia mudou um pouco a nossa realidade. Tivemos que nos reinventar e conseguimos manter o trabalho, que aconteceu de forma on-line e por telefone e mantivemos o atendimento presencial para casos mais graves”. 

Também estiveram presentes no encontro as residentes Mariana e Luane, da Saúde Coletiva, juntamente com a enfermeira Juliane.