Ruas: manifestantes cometem crimes contra a democracia e fazem apologia ao nazismo

O vereador Pedro Ruas, líder do PSOL na Câmara de Vereadores de Porto Alegre, manifestou sua inconformidade com a série de manifestações que vem sendo realizadas por grupos que não aceitam os resultados das eleições. Conforme Ruas, que usou a tribuna da Câmara, nesta segunda-feira (07/11/22), vem sendo praticado crimes contra o estado democrático e, ainda, na ótica internacional, o crime de apologia ao nazismo. "São dois crimes graves. Um, contra o estado democrático e de direito, pois não aceitam os resultados das eleições e criam problemas, constrangem a sociedade. O outro é mais um delito grave, de apologia ao nazismo, o que é condenado em qualquer lugar do mundo. Na Alemanha, Israel, França e em tantos outros países", declarou.

            Ruas destacou que não existe a possibilidade de agredir-se a soberania nacional e o sistema democrático, pois as eleições transcorreram dentro de toda a lisura. "Portanto, quem está fazendo isso, como fechar a Sete de Setembro, aqui em Porto Alegre, e criar o caos, ou fazer saudações nazistas e constranger aqueles que não compactuam com esse processo, está agindo de forma criminosa". Pedro Ruas usou de exemplo a apologia ao nazismo feita nas manifestações no Oeste catarinense. “Que há uma vinculação estreita entre bolsonarismo, fascismo e nazismo, sabemos que há. Mas fazer apologia ao nazismo é um crime, um delito, e precisa ser punido em qualquer país civilizado”. O vereador lembrou, ainda que algumas forças de segurança estão, em parte, apoiando os infratores e citou o fato de somente um único caminhão ter trancado a Refinaria Alberto Pasqualini (Refap), em Canoas. Achou muito estranho que apesar de ter somente um caminhão obstruindo a entrada da Refap, a guarnição da PRF não tenha conseguido desobstruir o trânsito. "O agente policial até continência bateu para o infrator e foi embora", disse Ruas indignado.

            Conforme o vereador, muitos devem dizer "mas Ruas também faz manifestações e cria problemas". Pedro Ruas enfatizou que realmente fez muitas manifestações, mas nenhuma antidemocrática e todas foram em favor dos mais necessitados fosse por direitos não reconhecidos, por falta de alimentação, atendimento de saúde, moradia ou saneamento. "Nunca promovi manifestação para combater o regime democrático", encerrou.