Salão de Artes Plásticas da Câmara está aberto até 8 de novembro

As obras selecionadas para o 24º Salão de Artes Plásticas da Câmara Municipal de Porto Alegre podem ser visitadas até o dia 8 de novembro. Os trabalhos estão expostos no 2º andar do Palácio Aloísio Filho, sede do Legislativo (av. Loureiro da Silva, 255). A exposição está aberta entre segunda e sexta-feira, das 8h30 às 18h. A seleção conta com 59 trabalhos de 38 artistas do Rio Grande do Sul.

A cerimônia de abertura do Salão foi realizada no dia 8 de outubro. Na solenidade, que ocorreu no Plenário Otávio Rocha, houve o anúncio das obras premiadas. O Prêmio Aquisição foi concedido para a obra Tava loca que tu visse, da artista zarro.

O vereador Adeli Sell (PT), que representou a Mesa Diretora na solenidade, agradeceu as contribuições de todos os artistas e afirmou que as obras representam “a pintura e a escultura da alma do nosso povo”. Ele elogiou a “criatividade, a beleza e a ousadia” dos trabalhos expostos no Salão e destacou a importância dos eventos culturais do Legislativo: “A arte precisa invadir o parlamento”.

Os premiados

O Prêmio Aquisição foi vencido pela artista zarro, com a obra Tava loca que tu visse (colagem sobre papel, tinta acrílica, pincel atômico e giz pastel). Cinco artistas receberam o Prêmio Incentivo à Criatividade: Beto Freitas, com a obra Decantação (instalação composta de vidro, galões plásticos, água do Guaíba-enchente e lodo); Gabriela Stragliotto, com a obra Solo provisório (2) (óleo sobre tela); Leonardo Lopes, pelo conjunto de duas obras sem título (desenho em carvão e pastel seco sobre papel); Pamela Zorn, com a obra Sangue do meu sangue (acrílica sobre tela); e Viviane Gueller, com a obra Ainda não (instalação com intervenção sonora).

Houve cinco menções honrosas, para João Salazar, pelo conjunto das obras Web 2, Web 3 e Web 8 (plastilina sobre tela); Lourenço Demarco, com a obra Vozes antigas (transferência de acetona, tinta acrílica, grafite, carvão vegetal, nanquim e giz pastel sobre tecido); Martina Nickel, pelo conjunto das obras Mergulho (escultura, cerâmica e concreto) e Inerte (escultura e papel machê); Paulo Lange, com a obra Não culpe os fãs do esporte (carvão e pastel seco sobre papel); e Ursula Jahn, pelo conjunto da obra Meter a colher (instalação composta de fotografia impressa em tecido Oxfordine, videoarte com duração de 10 minutos, colher e folha).

Também foram selecionadas para exposição obras dos seguintes artistas: Alex William Fernandes de Mattos, André Venzon, Andressa Pacheco Lawisch, Beatriz Amaro Teixeira, Elisa Moog, Eneida Ripoll Stroher, Fernanda Fedrizzi Loureiro de Lima, Gustavo Baldasso Schossler, Henrique Pasqual Santos, Juliana Koetz, Kamille Pederiva, Kelin Natália Kuhn Agnes, Leonardo Verardo Fanzelau, Lurdi Blauth, Marcelo de Oliveira Bordignon, Mariana Lemmertz Schwarzbold, Michele Eni de Mendonça, Patrícia Vianna Bohrer, Pedro Dalla Rosa Citadella, Rafael Muniz Espíndola, Rodolfo Teixeira Zupo, Rodrigo Bello Marroni, Santiago Pooter Roza Sena da Silva, Sara Ramos de Abreu, Tatiana Bulsing Garcia, Uéslei Patrick Fagundes Santos e Walter Karwatzi Chagas Maffazzioli.

O Salão

A exposição é o resultado de um concurso que contou com mais de 200 inscrições e 599 obras submetidas ao crivo da Comissão de Seleção e Premiação, que foram analisadas de forma anônima. A comissão foi formada por Leandro Selister, Lilian Maus e Mona Carvalho. 59 obras foram escolhidas para compor o 24° Salão, a partir dos critérios de originalidade, contemporaneidade e adequação física e conceitual ao espaço expositivo. O valor do Prêmio Aquisição é de R$ 12.654 e o de cada um dos Prêmios de Incentivo à Criatividade é de R$ 3.514. 

O Salão de Artes Plásticas foi criado em 1952, por iniciativa do falecido escritor e vereador Josué Guimarães. É realizado a cada dois anos, nos anos pares. O Salão busca incentivar, apresentar e divulgar a produção de artes visuais contemporâneas, nas modalidades de pintura, desenho, gravura, fotografia, escultura, cerâmica, arte digital, entre outras.

Conforme o regulamento, apenas artistas gaúchos ou residentes no estado há pelo menos cinco anos podem inscrever-se. A cada edição, o Salão vem recebendo um número cada vez maior de participantes, tendo se consagrado como o único evento focado em artistas locais promovido por uma instituição pública no Rio Grande do Sul.