Segunda edição do Tanise Talks movimenta a 70ª Feira do Livro
Na tarde de 12 de novembro, a 70ª Feira do Livro de Porto Alegre foi palco de mais uma edição do Tanise Talks protagonizado pela Vereadora Psicóloga Tanise Sabino. A parlamentar, que também é escritora, desenvolveu a atividade no stand da Câmara de Vereadores um bate-papo com reflexões sobre escrita, leitura e também superação.
Diante de um público atento e participativo, Tanise recebeu as escritoras Paula Jancowski, autora de Viverindades, e Dai Nunes, que escreveu Meu Setembro Amarelo. Ambas compartilharam suas experiências sobre o processo criativo e os desafios e vantagens de transformar sentimentos em palavras. “A escrita tem um poder terapêutico e curativo. Na fala das duas convidadas desta tarde percebemos como a escrita pode ser terapêutica, não apenas para seus autores, mas também para os leitores”, destacou Tanise durante a abertura do encontro.
Escrita como autodescoberta
Paula Jancowski, pedagoga de formação, recitou o verso que dá nome ao seu livro, explicando na forma de poesia o título inusitado, e como sua obra busca estimular reflexões sobre a importância de vivenciar e aprender com cada momento da vida. “Escrever foi um ato de libertar minha mente. Ao colocar meus sentimentos no papel, descobri novos horizontes, mesmo sem sair de casa. A publicação de Viverindades foi um grande passo para superar meus próprios medos”, revelou a autora. Na sequência, questionada por um dos participantes sobre a autocrítica durante a elaboração do livro, Paula foi enfática: “ Minha sugestão é que você nunca se compare com autores famosos, até porque cada um tem um estilo, mas consigo mesmo: busque ser sempre melhor que vocês em tempos anteriores”.
A escrita terapêutica
Daiane Nunes, técnica de enfermagem e escritora, emocionou o público ao contar como a escrita a ajudou a enfrentar uma depressão profunda. “A escrita foi terapêutica e me salvou. Costumo dizer que eu falo melhor escrevendo e ao colocar no papel meus sentimentos pude organizar minhas emoções e reencontrar o sonho de ser escritora”, relatou Dai. A autora referiu ainda, que a servidora pública da prefeitura de Porto Alegre, a psicóloga Reis Coelho, quem incentivou o projeto da escrita como uma forma de lidar com os sentimentos.
Em Meu Setembro Amarelo, Dai aborda questões relacionadas à saúde mental com delicadeza e coragem. “Escolhi a poesia porque acredito que ela consegue tratar temas pesados de forma mais leve. Levar meu livro para escolas e grupos tem sido transformador. As pessoas se sentem acolhidas e passam a compreender melhor a importância de cuidar da saúde mental”, destacou.
Inspiração para novos caminhos
Tanise Sabino celebrou o sucesso do evento, que reforça sua proposta de usar o Tanise Talks como um espaço de diálogo e inspiração. “Sou suspeita porque amo ler e escrever, mas aqui conferimos o trabalho incrível dessas mulheres que nos mostra que, mesmo em meio aos desafios, é possível transformar experiências de vida em arte que inspira outras pessoas”, afirmou a vereadora.