Plenário

Sessão Ordinária / Lideranças

  • Retrato. Vereador Cláudio Janta.
    Vereador Cláudio Janta (SD) (Foto: Leonardo Contursi/CMPA)
  • Retrato. Vereador Mauro Pinheiro.
    Vereador Mauro Pinheiro (REDE) (Foto: Leonardo Contursi/CMPA)

Os vereadores e vereadoras da Câmara Municipal de Porto Alegre, durante os períodos de Grande Expediente, Comunicações e Lideranças da sessão ordinária desta segunda-feira (2/3), trataram dos seguintes temas:

CASO - A vereadora Cláudia Araújo (PSD) comentou sobre um caso que ocorreu, na semana passada, “e que precisa da nossa atenção enquanto representantes das comunidades”, disse. O fato diz respeito ao bebê Théo. “A mãe dele, Jennifer, foi no Hospital Conceição com 41 semanas de gestação. Ela estava para ganhar o bebê, mas foi enviada para casa por não quererem fazer uma cesárea nela”, narrou Cláudia, ao salientar que este é um direito nosso constitucionalmente garantido. Conforme a parlamentar, “Théo morreu porque a bolsa secou e ele não teve tempo de nascer”. Na opinião dela, “não podemos ser coniventes com isso" e, portanto, "a situação vai ser encaminhada para o Ministério Público e demais órgãos competentes”. (BSM)

AUTISMO - Clàudio Janta (SD) destacou que, “no ano passado, esta Casa aprovou o orçamento e as emendas impositivas, com cerca de  R$ 1,266 milhão, para que seja criado, em Porto Alegre, um Centro de Referência do Autismo”. Segundo Janta, outros municípios gaúchos, como São Sepé, Pelotas, São Gabriel, Alvorada e Canoas já atuam com centros assim. Na tribuna, o vereador sublinhou a necessidade e a urgência disso. Lembrou das famílias, jovens e crianças carentes de políticas públicas, principalmente “de um local de acolhimento onde se possa ter extraturno para os autistas”. Para tanto, Janta solicitou ao governo e aos secretários que usem dessa emenda. (BSM)

MDB - “Estou de coração partido porque vejo três grandes companheiros saírem do MDB”, manifestou Idenir Cecchin (MDB), ao falar dos colegas Mendes Ribeiro, Valter Nagelstein e Comandante Nádia. “As saídas serão sentidas, mas haverá a torcida para que todos se deem bem e consigam sucesso”, disse, ao desejar sorte a eles. Entretanto, Cecchin firmou que o MDB continuará. Na opinião dele, “esse partido se diferencia de quase todos os outros”, sobretudo no Rio Grande do Sul. Sobre os parlamentares que estão finalizando o mandato, o vereador elogiou que, com eles, “a bancada trabalhou unida e decidiu muitas votações difíceis de serem aprovadas”. (BSM) 

VALORIZAR - Moisés Barboza (PSDB) saudou a fala anterior do vereador Cecchin. Lamentou que, hoje, “parece que a política é falar mal dos outros”. Contou, com isso, que “os partidos fazem uma carnificina” e que há “uma polarização nojenta e potencializada nas redes sociais”. No dizer de Barboza, as pessoas públicas, que fazem “política da maneira certa” precisam ser valorizadas. Para tanto, parabenizou, mais uma vez, Cecchin. “Eu lhe admiro e quero dizer que, enquanto estiver na política, tentarei seguir exemplos como o seu de pronunciamento”. (BSM)

EXAGERO - Cassiá Carpes (PP) repercutiu entrevista concedida nesta manhã pelo médico Dráuzio Varella, dizendo que a cobertura da imprensa é desproporcional ao perigo que o vírus representa. “Temos que ter detalhes e dar importância, mas não levar à tona de que todos vão morrer. É exagerado”. O vereador apontou que a maioria das pessoas diagnosticadas têm, além da idade avançada, o sistema imunológico já combalido por outras complicações. “Alguns setores da imprensa exageram, quando na verdade é para informar e não pressionar e trazer mais problemas à vida do cidadão”. Cassiá classificou como “uma vergonha e um desrespeito ao presidente da República” reportagem exibida pela TV Globo, no programa Fantástico, de domingo (1/3), “pegando imagem que não tem nada a ver”. “A imprensa não pode ter lado e nesse momento tem e está magoado. Alguns não entendem que a democracia é para todos e todos os lados podem governar”. (RF)

PROFESSORES - Adeli Sell (PT) anunciou que nesta quarta-feira (04/3) será votado o projeto do Fundo de Incentivo à Inovação e Tecnologia, áreas as quais, segundo o vereador, “sempre foram elementos cruciais para nós que acreditamos em desenvolvimento econômico e social, incentivado mais pessoas a disputarem o mercado de trabalho”. Adeli trouxe a situação das escolas municipais de ensino fundamental, que iniciaram o ano letivo “com a falta de inúmeros professores”. Segundo o petista, isso “é um problema de planejamento, total e absoluto”. O vereador pediu a revisão do Plano Diretor ainda nesse ano, lembrando que o mesmo deveria ter sido revisado em 2019. “O Plano Diretor deve ser revisado, com ou sem eleição, que seja um plano que resolva os problemas de Porto Alegre”. Adeli finalizou dizendo que “a espada está sobre a cabeça de toda a área da cultura”, prometendo resistência: “nós tentaremos mudar”. (RF)

PREVENÇÃO - Aldacir Oliboni (PT) contou que há poucos dias, durante uma visita, um médico perguntou a ele “quantos hospitais públicos foram construídos nos últimos 20 anos?”. O vereador citou que a cidade se desenvolveu, a população aumentou, mas apontou apenas duas ampliações – uma no Hospital de Clínicas, e a oncologia do Hospital Conceição – e uma construção, de fato, a do Hospital da Restinga. Sobre o coronavírus, Oliboni questionou se a nossa cidade está capacitada para combater algum caso da pandemia. “Temos dificuldade até com a distribuição da vacina da gripe para a população. Tem que estar à disposição de todos os cidadãos”. O vereador solicitou que a Secretaria Municipal de Saúde tivesse um espaço na tribuna da Câmara para informar medidas em caso de constatação ou suspeita de coronavírus em Porto Alegre. “Não existe controle de quem veio da China ou da Itália. Temos que estar atentos e ter prevenção”. (RF)

DÓLAR - Clàudio Janta (SD) disse que a imprensa fala há muito tempo dos detentores de mandato público, “desde Itamar, Sarney, mas o Bolsonaro quer ser imune a qualquer coisa, quer fechar o Congresso, Supremo Tribunal Federal, quer acabar com quem pode vir a contestá-lo”. O vereador criticou a postura do presidente perante a imprensa e apontou que há uma catástrofe na saúde e educação e o dólar está altíssimo. “Iam fazer a reforma trabalhista e o Brasil ia gerar emprego pra caramba. Hoje tem a maior taxa de subemprego da história desse país”. Janta apontou que com a situação atual, “ninguém investe em nada, ninguém produz um parafuso ou uma peça de roupa no país. O dólar está alto e influenciando na vida das pessoas”. O vereador afirmou que “nenhum presidente com responsabilidade deu autonomia para o Banco Central. Banqueiro não quer geração de emprego e renda”. (RF)

RODOVIÁRIOS - Mauro Pinheiro (REDE) lembrou da votação do projeto da não obrigatoriedade de cobradores de ônibus na cidade de Porto Alegre. “Fomos muito criticados pela nossa posição. Subi nessa tribuna muitas vezes para tentar falar sobre o assunto, e no último dia eu disse para o público que eu defendia o projeto pois acreditava que seria benéfico para todos os trabalhadores. Disse que iriam se arrepender da decisão de rejeitar.” O vereador mencionou uma matéria publicada pela Zero Hora neste final de semana sobre a queda do número de usuários de transporte público nos últimos anos em virtude do surgimento dos aplicativos. “Agora, além dos cobradores, motoristas e outros funcionários também serão demitidos. Se nada for feito, continuarão perdendo seus empregos. Continuo dizendo que não aprovar esse projeto foi um equívoco.” (LMN)

FUNDO - Ricardo Gomes (PP) demonstrou solidariedade ao vereador Valter Nagelstein pelo ocorrido da última semana, em que sua família foi vítima de um assalto em um restaurante mexicano da cidade. “Sabemos que a violência não é um assunto fácil de se resolver, e todos estamos submetidos a essas situações.” O vereador falou também sobre  a reformulação do Fundo de Ciência e Tecnologia de Porto Alegre, que já existe desde 2013. “A nova proposta coloca um comitê gestor com pessoas indicadas pela própria prefeitura. Querem investir R$ 20 milhões em startups. Isso é capital de risco, elas duram no máximo 5 anos.” Ele conclui dizendo que, em contrapartida, a prefeitura disse não ter dinheiro para uma emenda que ele propôs de alocar R$ 500 mil para a compra de cinco respiradores neonatais para o Hospital Presidente Vargas. (LMN)

Texto

Bruna Schlisting Machado (estagiária de Jornalismo)
Rian Ferreira (estagiário de Jornalismo)
Lara Moeller Nunes (estagiária de Jornalismo)

Edição

Marco Aurélio Marocco (reg. prof. 6062)