Sessão

Sessão Ordinária / Lideranças

Presidente Mônica Leal e líderes de bancadas.
Plenário Otávio Rocha na tarde desta quarta-feira (Foto: Ederson Nunes/CMPA)

Os vereadores e vereadoras da Câmara Municipal de Porto Alegre, durante os períodos de Lideranças da sessão ordinária desta quarta-feira (6/3), trataram dos seguintes temas:

MULHER - Cláudia Araújo (PSD) Comentou acerca do projeto de lei que pode mudar a vida dos servidores municipais. “Todas as regras, de qualquer jogo, podem ser mudadas. Espero que façam emendas e este projeto e que todos fiquem satisfeitos”, ponderou. Sobre a semana dedicada as mulheres (em alusão ao dia 8 de março - Dia Internacional da Mulher) abordou a questão da “vida de mulheres submissas a homens inescrupulosos”; lembrou o feminicído que, de acordo com ela, “é uma palavra em alta nos noticiários”. “Essa realidade é mais frequente a cada dia. As autoridades precisam trabalhar para acolher essas mulheres”, defendeu. Por fim, Cláudia trouxe à baila a situação de crianças especiais, “que vivem em um país sem inclusão e acessibilidade”, disse. “Clamo por mais ações, mais gestão e menos ideologia sem trabalho”, destacou. (BSM)

PROBLEMAS - Adeli Sell (PT) falou  “sobre um conjunto de problemas que Porto Alegre vivencia”. Inicialmente, enfatizou a “volta dos problemas gravíssimos no bairro Cidade Baixa”. “Louvo a iniciativa de que farão reuniões conjuntas de algumas comissões”, disse. “Mas acho que o governo tem que se precaver”, salientou ao destacar que “não é só o problema do Cidade Baixa”. “Existe uma falta de articulação entre os órgãos do Executivo”, ressaltou. “Ontem (terça-feira, 5/3), às 10h, a Orla já estava tomada de lixo”, informou o vereador ao se posicionar no sentido de que “a prefeitura deveria ser mais pró-ativa”. Outrossim, Adeli mencionou uma possível “inspeção com os responsáveis da obra na avenida Ceará”; e trouxe novamente à baila a situação da chamada Casa Azul, no Centro Histórico; entre outras problemáticas. (BSM)

CARNAVAL - Hamilton Sossmeier (PSC) afirmou que “repudio a manifestação do carnaval, em São Paulo, da Gaviões da Fiel, em relação à intolerância religiosa”. “Digo isso em nome de todos os cristãos da cidade”, relatou Sossmeier. “Pedimos respeito a um povo que é maioria na nação e no Brasil”, corroborou ao salientar que “a tolerância que tanto se prega e se fala publicamente não é demonstrada”. Além disso, o vereador comentou sobre o “saldo de muitas mortes no retorno do feriado que, por conta da negligência, virou normal a tragédia”. O vereador também reforçou a questão da educação. “Não é somente o poder público o responsável pela educação. Ela começa nas famílias”, afirmou ele ao citar “bueiros entupidos e lixos” como responsabilidade também dos cidadãos. (BSM)

CULTURA - Roberto Robaina (PSol) teceu algumas considerações sobre a necessidade da luta pela cultura popular. “A defesa da cultura popular é necessária para que tenhamos uma sociedade que respeite os trabalhadores, a juventude e a possibilidade de termos lazer”, destacou. Com isso, Robaina expressou “um ponto em comum, neste carnaval, entre Bolsonaro e Marchezan”. “Ambos estão defendendo uma política econômica de ajuste contra interesses dos trabalhadores e servidores públicos”, criticou. “Em relação à cultura, um ponto em comum entre eles é o ódio, o desrespeito e, inclusive, o combate à cultura popular”, ratificou. “Mas não vamos aceitar essa lógica do presidente atacando o carnaval, que marca a cultura e a torna conhecida no mundo”, alegou Robaina ao lembrar o vídeo publicado, no Twitter, pelo presidente. No mesmo sentido, ele salientou a “ausência de planejamento do carnaval, pelo prefeito Marchezan, como um desprezo com a cultura popular”. (BSM)

CAOS - Sobre os problemas ocorridos no carnaval da Cidade Baixa, Comissário Rafão Oliveira (PTB) disse que não se pode permitir, no período de carnaval, "o caos e a desobediência da disciplina legal". Segundo ele, episódios como o ocorrido obrigam o poder público a deslocar um contingente da segurança pública para resolver problemas causados por minorias. "Na Cidade Baixa, moradores convivem com bagunça e desordem durante todo o ano, sendo incomodados e importunados." Para Rafão, no carnaval, uma minoria de pessoas comete delitos e deve ser combatida e punida. Também fez questão de alertar que as pessoas que atiram pedras na Polícia e na Brigada Militar devem estar prontas para receber o revide das forças policiais. "Carnaval bom deve ter hora para começar e para terminar." (CS)

DIVERTIR - Professor Wambert (PROS) ressaltou que o poder público deve ter um olhar diferenciado para a cultura popular e, em especial, para o carnaval de rua. "Mas não se pode tolerar o vandalismo. Quem vai para o carnaval vai para se divertir, não para enfrentar a polícia", declarou, lamentando os episódios ocorridos no carnaval da Cidade Baixa. "Quiseram depredar o bairro, e a Brigada Militar agiu." Disse ainda não entender o propósito de foliões que, ao invés de se divertirem no carnaval, preferem enfrentar a BM. Sobre o pronunciamento feito por Roberto Robaina (PSOL), observou que a doutrina fascista "de fato, invade vida privada", mas, segundo ele, não invadiu tanto quanto o marxismo, que teria sido a doutrina que mais matou homossexuais na história. "O maior matador deles foi Che Guevara, um carniceiro." (CS)

SERVIDORES - Moisés Barboza (PSDB) lembrou que os vereadores já haviam recebido, recentemente, vários segmentos de moradores da Cidade Baixa, e destacou que os problemas de segurança ocorridos no bairro não são específicos do período de carnaval. "Houve cenas deploráveis de pessoas confrontando a BM." Sobre o projeto que trata de alterações na carreira dos servidores, conclamou que outros setores da sociedade também se manifestem, porque muitas pessoas estariam apoiando as mudanças propostas pelo Executivo. Segundo ele, o Sindicato dos Servidores "se apresenta como dono da verdade", mas é "completamente partidarizado e comprometido com a oposição". Afirmou ainda que sindicalistas atuam como militantes partidários inclusive em horário de expediente, quando deveriam estar trabalhando. (CS)

ROMBO - Idenir Cecchim (MDB) criticou manchete de jornal da capital que noticiou "rombo" que teria sido deixado pelo ex-governador José Sartori. Segundo Cecchim, o governador Sartori nunca escondeu a real situação financeira do Estado, e rombo poderia ter sido muito maior se o governador não houvesse tomado as providências. "Sartori tomou atitudes antipáticas para muitas corporações, reduziu cargos de confiança em muitas secretarias e foi o governador que mais economizou, sem deixar de cumprir as contas que o governador anterior, Tarso Genro, havia deixado." Ressaltando que "não há governador que faça milagre sem haver dinheiro", criticou a "má-fé" da manchete do jornal por não levar em conta os dados que estão no conteúdo da matéria. (CS)

FUNCIONALISMO – Valter Nagelstein (MDB) destacou que, como presidente do Legislativo, manteve permanente diálogo com os servidores e, portanto, tem autoridade para apoiar o debate dos projetos que preveem o corte de privilégios para alguns setores em detrimento de outros. Lembrou que não há mais como sustentar o benefício da licença-prêmio e criticou pronunciamentos que tentam confundir a população ao tratar do prejuízo a um segmento como se isso atingisse ao conjunto da população. Disse que não há um plano de carreira e, sim, “um arremedo”, e que esse é um debate que deve ser enfrentado para dar equilíbrio entre as carreiras do serviço público. (MG)

VIOLÊNCIA - Mônica Leal (PP) ao falar sobre o conflito ocorrido no Carnaval da Cidade Baixa, lembrou o Sanit Patrick's Day, quando vários colegas defenderam sua realização enquanto ela se posicionou contra pela falta de estrutura da rua Padre Chagas para o tamanho da atividade. Disse que é defensora da cultura e nela o carnaval, que é uma festa popular. "Mas se deve respeitar a segurança tanto dos moradores como dos participantes". Na sua opinião, o conflito não é bom para ninguém e a prefeitura deve assumir para si a tarefa de planejamento e organização; realizar esse tipo de evento em locais não residenciais, com a garantia de segurança e estrutura para que ele aconteça com o cumprimento de regramentos e com respeito a todos, inclusive ao patrimônio público e privado, que tem sido frequentemente vandalizados. (MG)

CARNAVAL – Engenheiro Comassetto (PT) defendeu a realização do carnaval. Lembrou que o Brasil nesse quesito é a maior potência Mundial, mas que Porto Alegre não trata o Carnaval como deveria. Disse que em período recente, no verão, Porto Alegre realizava inúmeras atividades que movimentavam a economia da cidade, como o Fórum Social Mundial. Condenou os discursos contrários à “festa popular” e afirmou que a cidade, ao não realizá-la, perde a atração de riquezas, visitantes, estímulo ao comércio, serviços e hotelaria. “O Carnaval é a festa dos excluídos, dos pobres e aí qualquer barulhinho no Centro incomoda”, disse. Ressaltou que como as festas religiosas, a exemplo da de Navegantes, O Carnaval seja motivo de atração de divisas, com investimentos e recuperação de suas estruturas. (MG)

CARNAVAL II - Mauro Pinheiro (Rede) contestou possível repressão da BM no Carnaval da Cidade Baixa e também contrapôs afirmação de que a administração não teve preocupação com o carnaval de rua. “Pela primeira vez foi aberto edital e uma empresa está promovendo a festa sem custo para o município, com banheiros químicos, segurança, recolhimento do lixo e com o retorno do carnaval comunitário”, destacou. Saudou a secretaria de Cultura e também defendeu a atuação da Brigada Militar diante do que considerou uma ação de “baderneiros” bem após o término do evento e em dias em que eles não ocorreram. Disse ainda que a polícia está trabalhando para a identificação dos “arruaceiros infiltrados”. (MG)

Texto: Bruna Schlisting Machado (estagiária de Jornalismo)
          Carlos Scomazzon (reg. prof. 7400)
           Milton Gerson (reg. prof. 6539)
Edição: Helio Panzenhagen (reg. prof. 7154)