Sessão Ordinária / Lideranças

Os vereadores e vereadoras da Câmara Municipal de Porto Alegre, durante o período de Lideranças da sessão ordinária desta quarta-feira (4/3), trataram dos seguintes temas:

ALERTA - Cassiá Carpes (PP) fez uma alerta a respeito das votações dos vereadores. “Estou vendo, há dias, no plenário, o conflito entre a base do governo e o prefeito Marchezan”, disse e completou: “isso é ruim para a Casa, para Porto Alegre e para todos nós”. Conforme Cassiá, uma das obrigações dos parlamentares é votar, enquanto a “briga com o prefeito é outra coisa”. Na tribuna, ele observou que, uma vez que os vereadores votem, isso não quer dizer que estão a favor do Executivo. Caso contrário, “se começarmos a não dar quórum, a sociedade vai passar a nos criticar”. (BSM)

QUÓRUM - “Tirar o quórum é ganhar tempo para negociar”, destacou João Bosco Vaz (PDT) ao comentar a fala de Cassiá Carpes. De acordo com o vereasdor, a questão do quórum não apenas é constitucional, como também está no Regimento Interno do Legislativo. “Às vezes, o próprio prefeito manda tirar o quórum”, afirmou Bosco ao lembrar que “isso é política” e explicar “que o quórum é tirado até que se consiga um entendimento e as matérias estejam maduras”. (BSM)

EMEFS - Marcelo Sgarbossa (PT) apresentou vídeo mostrando pais de alunos da Emef Rincão, no primeiro dia de aula. “A Rincão está com 10 professores a menos, e isso não é um caso isolado”, narrou Sgarbossa, ao reforçar que outras Emefs também têm passado por isso, como a Gabriel Obino, a Anísio Teixeira e outras. “O prefeito Marchezan quer, de certa forma, privatizar as escolas por decreto e colocar as organizações sociais dentro delas”. O vereador citou ainda a ideia da “meritocracia” imbuída pelo prefeito. “Marchezan está retirando a possibilidade de as crianças da educação pública se formarem no mesmo patamar das que estudam em escola particular”, enfatizou. (BSM)

MATERIAL - Moisés Barboza (PSDB) comentou acerca de um material gráfico colocado à disposição pelo Sindicato dos Municipários de Porto Alegre (Simpa), sobre as finanças da prefeitura. “São instituições que, sabemos, militam num campo ideológico e têm as suas partidarizações”. Barboza elogiou a peça gráfica e observou o alto valor do material. Ressaltou, todavia, nunca ter visto isso antes: “Uma fake news oficial, com mentiras acumuladas”. O vereador sublinhou ainda seu repúdio quanto ao material impresso e falou estar à disposição, em seu gabinete, para debater essa “campanha destrutiva, que está mentindo dados para fazer a velha política e angariar o apoio da massa através da raiva”. (BSM)

PREFEITURA - “Moisés trouxe uma notícia interessante sobre uma publicação de sindicatos que mostra um pouco da realidade do governo Marchezan nos últimos três anos". A afirmação foi feita por Aldacir Oliboni (PT). "O relatório oficial mostra que os últimos três anos terminaram em superávit. Há essa enorme contradição do governo, em dizer que não tinha recurso, quando na verdade tinha”, disse ainda o vereador. Conforme Oliboni, o prefeito Marchezan não escuta nem sua própria base e secretariado, e lembrou de sessões extraordinárias convocadas durante o recesso. “As duas sessões não tiveram quórum, pois nem a base sabia o que fazer. Semana que vem querem aumentar a passagem para R$ 5,20, e se a Câmara não votar, a culpa cai para os vereadores”. (LMN)

PORTO ALEGRE - Idenir Cecchim (MDB) homenageou cidadão do Jardim Itu-Sabará, conhecido por Sansão, que faleceu na terça-feira (3/3). “Ele praticava e era apaixonado pelo jogo de bocha. Era pequeno empresário e homem de família. Que vá em paz, ele cumpriu sua missão”. O vereador disse também ficar feliz pelo PT ter trocado o discurso do “Lula livre” pelo “Acorda Marchezan”, mas afirmou que esta fala já está ficando chata e cansativa. “Porto Alegre precisa acordar todos os setores, todos têm responsabilidades. Que nesse ano eleitoral se contribua com a cidade e se pense no futuro”. (LMN)

ÔNIBUS - Roberto Robaina (PSol) disse que há assuntos fundamentais no debate público. “Devemos acelerar e colocar em votação alguns projetos na Câmara, um dos quais é o do transporte público". Robaina falou que a cidade precisa de mais projetos que visem o desenvolvimento de riquezas e rendas. “Escrevi hoje um artigo me colocando à disposição do conjunto das bancadas para que a gente aprove a taxa de mobilidade urbana. Queremos votar e aprovar, pois com essa taxa poderíamos reduzir, inclusive para tarifa zero, as passagens do transporte de ônibus.” Segundo ele, os cálculos da própria EPTC confirmam isso. (LMN)

RESPOSTA - Mauro Pinheiro (Rede) disse ter falado com o secretário de Educação e ter recebido dados sobre as escolas que estariam sofrendo com a falta de professores. "Isso já está sendo resolvido e um novo concurso será feito.” Falou também sobre a autorização de contratação de assistentes administrativos na Secretaria de Educação para substituir professores que estavam realizando essa função e que, dessa maneira, poderão voltar para a sala de aula. Para finalizar, lembrou a necessidade de se acelerar a votação dos projetos de mobilidade e falou que nesta quinta-feira (5/3) será realizada uma audiência pública, às 19h, na Câmara, onde serão debatidos alguns desses projetos. (LMN)

DESPEDIDA - Aninha do Iapi (Cidadania) despediu-se, nesta quarta-feira (4/3), da vereança, exercido em substituição ao vereador Professor Wambert (PL). “Me despeço dessa casa com muito orgulho de ter representado aos 1.600 eleitores que, três anos atrás, acreditaram no meu trabalho e vontade e contribuir com a cidade de Porto Alegre”. Aninha disse que conheceu a rotina diária de um agente político, além de trazer as demandas da sua região. A vereadora lembrou de sua participação na Comissão de Urbanização, Transportes e Habitação (Cuthab) e prometeu seguir com o seu trabalho como agente comunitária, buscando vagas nas escolas. “Não é um adeus, apenas um até logo”, completou. (RF)