Sindimoto pede aprovação da CNH Social
O período de Tribuna Popular da sessão de hoje (11/3) da Câmara Municipal de Porto Alegre foi ocupado pelo Sindicato dos Motociclistas e Ciclistas Profissionais do Rio Grande do Sul (Sindimoto). O presidente, Valter Ferreira da Silva, expôs algumas das necessidades da associação em relação à insegurança no trânsito e aos direitos dos trabalhadores da categoria. Ele pediu apoio para a concessão do benefício da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) Social aos trabalhadores.
De acordo com Silva, em 2023, a Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) registrou que cerca de 30% dos sinistros de trânsito envolveram motocicletas. A faixa etária média entre os feridos, condutores e passageiros, é de 26 a 35 anos de idade, e conduzir sem CNH é um dos principais fatores de risco que resultam em mortes em acidentes, conforme a EPTC. "São pessoas que buscam o seu sustento, despreparadas para enfrentar o dia a dia no trânsito e que acabam perdendo suas vidas", declarou.
O sindicato pediu aos parlamentares que seja solicitada uma audiência com o governador do Estado para discutir o projeto que concede a CNH Social aos trabalhadores que exercem a função sem o documento. "O projeto já está pronto para ser promulgado no Detran, e nós precisamos dessa audiência para conseguir essa CNH Social para esses trabalhadores e tantos outros que precisam", afirmou Silva.
O representante do Sindimoto complementou: "Nós temos hoje aplicativos trabalhando de maneira irregular, transportando passageiros sem qualquer preparo, contribuindo para esse alto índice". Ele reforçou que o órgão é responsável por representar seus trabalhadores no caso de ocorrências com empresas de transporte por aplicativo e que, ao longo de 2023, ocorreram negociações que resultaram na instauração de dois pontos de apoio para motoristas de aplicativo na Capital, fornecendo água e local para descanso e alimentação, com o intuito de "facilitar para que esses trabalhadores tenham um trabalho digno".