Sinduscon-RS quer colaborar na revisão do Plano Diretor
"Cidade boa é aquela que acolhe todas as classes sociais. O que é bom para a cidade é bom para o setor (construção civil)." A afirmação foi feita nesta segunda-feira (14/9) à tarde pelo presidente do Sindicato das Indústrias da Construção Civil no Rio Grande do Sul (Sinduscon/RS), engenheiro Carlos Alberto Aita. Ele ocupou a Tribuna Popular durante a sessão ordinária da Câmara Municipal de Porto Alegre, quando manifestou a posição da entidade a respeito do processo de reavaliação do Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano Ambiental (PDDUA) da Capital, em debate na Câmara Municipal. Na ocasião, Aita também colocou os técnicos e assessores do Sinduscon-RS à disposição da comissão especial da Câmara que trata da reavaliação do PDDUA.
O presidente do Sinduscon fez questão de "desmistificar informações que não correspondem em absoluto à realidade do setor" e rechaçou a "falsa imagem" de especuladores que seria atribuída aos empreendedores ligados à construção civil em Porto Alegre. "Para nós, a terra constitui um insumo a mais para o processo de edificação." Cumprimentando o excelente trabalho dos vereadores na reavaliação do Plano Diretor de Porto Alegre, Aita disse que o Sinduscon "tem muito a contribuir nessa discussão porquanto é a entidade representativa daquele setor que materializa o desenvolvimento urbano, empreendendo e executando as obras necessárias à habitabilidade".
Ele destacou ainda a importância da entidade na execução das obras, como gerador de empregos, especialmente para trabalhadores não-especializados. "Nos primeiros sete meses de 2009, nossa atividade contribuiu com 41% dos novos empregos criados em Porto Alegre." Aita também alertou para a necessidade de um planejamento de longo prazo da Cidade, "de forma a pensar a Porto Alegre que queremos deixar para nossos filhos e netos". Ele lamentou que a Capital tenha "descurado esta medida, evidenciada pelo esvaziamento sofrido pela Secretaria Municipal de Planejamento".
De acordo com Aita, a série de restrições impostas ao adensamento da região central aumentou o custo da habitaçao nos bairros próximos, provocando a expulsão dos moradores, principalmente de menor renda, para a periferia, "inchando a cidade informal, com todas as consequências negativas daí advindas em termos de sub-habitação, deificiências de infraestrutura e de acessibilidade e gravíssimo comprometimento ambiental".
Carlos Scomazzon (reg. prof. 7400)
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Sinduscon vai à tribuna e defende Plano Diretor equilibrado