Cece

Smed destaca gestão estratégica para educação municipal

Apresentação do plano para a educação nos próximos 4 anos com a presença da Secretária Janaina Audino
Secretária Janaína Audino prestou esclarecimentos na Cece (Foto: Elson Sempé Pedroso/CMPA)

A Comissão de Educação, Cultura, Esporte e Juventude (Cece) realizou, na manhã desta terça-feira (22/6), reunião virtual  para apresentação do plano de gestão da Smed. A vereadora, Mari Pimentel (Novo), vice- presidente da comissão, abriu o encontro com a fala da secretária municipal de Educação, Janaina Audino, que iniciou a apresentação para mostrar as estratégias do plano de gestão da Smed. Segundo ela, a Secretaria acredita em uma renovação no ensino neste semestre, através de uma gestão autônoma e integrada do ensino infantil com o fundamental.

Conforme Janaina, está sendo feito um estudo da avaliação pedagógica das escolas municipais, pois a meta é ser referência no ensino municipal. “Buscamos o fortalecimento da gestão escolar, essa é a nossa meta para o segundo semestre, tendo uma maior autonomia da educação infantil integrada à grade do ensino fundamental”, explica.

Na visão da secretária, deve haver também um equilíbrio da equipe diretiva para gerir uma escola, e isso é um desafio atualmente. “Essa é uma outra estratégia que estamos querendo implementar, compartilhando experiências e desafogando os gestores de demandas mais específicas como capina das escolas e manutenção, para que possam se debruçar na estrutura da formação de ensino.”

Além disso, a Smed destaca como estratégia a formação continuada, em que os professores precisam se organizar para alinhar toda a formação através de estudos mais voltados à realidade dos alunos. “Estamos com a previsão de iniciarmos em julho essa fase e também queremos contar com a terceirização de formação nas escolas, isso é o que trazemos de inovação para os alunos. Hoje o município possui 98 escolas que precisam ser mais estratégicas no nível de gestão, a fim de aliviar o gestor lá na ponta.” Uma outra estratégia é a coletividade 100% dos espaços nas escolas. “Foi o nosso encaminhamento para o prefeito, para a aquisição de mais rádios, por exemplo, para trabalhar com a coletividade e termos mais atividades com rádios e equipamentos para ações dentro das escolas.”

Segundo dados apresentados pela secretaria Janaina, de 5 mil crianças que não estão sendo atendidas atualmente na Capital, caiu para 3 mil em razão de uma estratégia com as famílias através da inscrição feita de forma online. ”Criamos uma ferramenta online para fazer a inscrição dos alunos. E, se alguma das famílias não tiver acesso de casa à internet, poderá vir até a escola para realizar essa inscrição. Isso tem dado agilidade no processo de vagas.”

Janaina ainda destacou o projeto de compra de vagas antecipadas, que pretende abrir um edital para incluir mais alunos na rede de ensino. “E podemos direcionar essa família em tempo real. Conseguimos limpar as 350 vagas judicializadas que oneram o município.”

Vereadores

A vereadora Mari Pimentel (Novo) encaminhou suas perguntas sobre a educação em tempo integral, se a Secretaria considera que a educação conveniada pode entrar no tempo integral. Também questionou se existe algum estudo para a adoção da política da educação continuada ser igual à da rede privada. E, por fim, perguntou sobre a questão da rematrícula, se continuará sendo automática para o ano que vem. A secretária destacou que existe uma nova fase pedagógica para se construir essa mudança. Sobre a rematrícula, disse que a Secretaria pensa em mudar o processo, para que ela não seja mais automática.

O vereador Giovane Byl (PTB) destacou a compra antecipada de vagas, mas questionou como se dará esta compra em lugares como o bairro Mario Quintana, onde não existe escola particular. Também indagou sobre a retomada das obras de educação infantil, como no loteamento Irmãos Maristas. “Acredito que a conclusão dessas obras são fundamentais para a educação de todos.” A secretária esclareceu que a compra de vagas não pode ser feita em escola privada, são compradas das escolas filantrópicas, escolas parceiras. E, no caso desse bairro, diz que deve ser feito um outro caminho. “Na questão das obras, foi finalizado um estudo que mostra o cenário das sete obras inacabadas. E vamos discutir com prefeito sobre a repactuação. Sabemos que essas obras inacabadas têm um custo muito alto, mas vamos buscar uma decisão acertada para resolver essa questão. Hoje o custo é de R$ 3 milhões para a construção de uma creche. E se percebe que a vaga antecipada, o chamamento público e a parceirização seja mais viável”, conclui Janaina.

Também estiveram presentes na reunião o vereador Jonas Reis (PT) e a vereadora Daiana Santos (PCdoB), além de integrantes da comunidade escolar.

Texto

Priscila Bittencourte (reg. prof. 14806)

Edição

Carlos Scomazzon (reg. prof. 7400)

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