SOCIAL

Sociedade Libanesa inaugura o espaço Lounge Monte Líbano

Vereador Alexandre Bobadra (PL) marca presença na inauguração de espaço Lounge Monte Líbano, na Sociedade Libanesa, em Porto Alegre

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Vereador Alexandre Bobadra (PL), ao lado do político e empresário, Kalil Sehbe e do Secretário de Desenvolvimento Econômico do RS, Ernani Polo (PP)

A noite de segunda, 27, foi marcada por festa típica na Sociedade Libanesa, localizada na Zona Norte de Porto Alegre. O evento contou com a união dos associados, convidados, autoridades e representantes da sociedade no espaço organizado para festas, regado à música tradicional árabe, comida típica e vestes à carater, apresentação da dança do ventre e homenagens aos associados.

O vereador Alexandre Bobadra (PL), marcou presença por ser descendente de libanês e membro da sociedade libanesa, além de ser prestigiado pela emenda parlamentar 2024, destinado às Irmãs Maronitas.

UM POUCO DE HISTÓRIA

As relações entre Brasil e Líbano, são as relações diplomáticas estabelecidas entre a República Federativa do Brasil e a República Libanesa. Após a independência do Líbano, essas relações tiveram seu início em 1880, quando começou o contato entre as duas nações com os primeiros imigrantes libaneses chegando ao Brasil, formados por cristãos.

Em 1975, um novo grupo formado, em grande parte, por muçulmanos libaneses, desembarcou em solo brasileiro, quando começou a Guerra Civil Libanesa.

Atualmente, a comunidade libanesa que vive no Brasil é formada, em sua maioria, por descendentes somando quase 10 milhões de libaneses e descendentes em território brasileiro, contra 3,5 milhões que vivem no Líbano. 

Há 143 anos, iniciou-se a imigração árabe para o Brasil. Foi em 1880 que o primeiro navio de libaneses saiu do porto de Beirute, com a primeira grande leva de libaneses cristãos, fugindo do Império Otomano, Estado de maioria muçulmana que dominava todo o Oriente Médio e era controlado pela etnia turca. Esses imigrantes que chegavam com o passaporte otomano eram chamados de “turcos”, sendo uma denominação aplicada de maneira equivocada até hoje aos árabes e seus descendentes no nosso país.

O império Otomano foi extinto após ser derrotado na Primeira Guerra Mundial, junto com a Alemanha. Na divisão do Oriente Médio, que Inglaterra e França fizeram entre si, coube aos franceses o Líbano e à Síria. Beirute, a capital libanesa, tornou-se, então, a “Paris do Oriente”, uma cidade cosmopolita e sofisticada. Em 1920, criou-se a República do Líbano, mas ainda sob o domínio Francês.

Atualmente, no Rio Grande do Sul, há uma média de 400 mil descendentes de libaneses.

FRENTE PARLAMENTAR BRASIL-LÍBANO

O vereador propôs a Frente Parlamentar Brasil-Líbano para a legislatura de 2021-2024, em homenagem a essa união tão importante, com o objetivo de estreitar laços de Porto Alegre com a comunidade libanesa, promovendo mútua cooperação em projetos de interesse político, econômico, cultural, científico e tecnológico. 

PROJETOS APROVADOS EM HOMENAGEM À RELAÇÃO BRASIL-LÍBANO

1-     DIA DO TABULE LIBANÊS – Lei nº 10.904 de 31 de maio de 2010 – a ser comemorado no município de Porto Alegre, anualmente, no primeiro sábado de julho. Um prato degustado como aperitivo, feito de triguilho (trigo para quibe), tomate, cebola, salsa, hortelã e outras ervas, com suco de limão, pimenta e vários temperos. No Líbano, onde surgiu, é consumido por cima de folhas de alface.

 

2-      DIA DO QUIBE LIBANÊS – Lei nº 10.904 de 31 de maio de 2010 – a ser comemorado no município de Porto Alegre, anualmente, no dia 23 de setembro de cada ano. Data referente ao Equinócio de Setembro no Líbano (início da estação do outono no Líbano). O quibe é feito de carne moída em formato de bolinho, trigo tabule, recheada originalmente com carne de carneiro e ervas. O quibe com a carne e mistura de tabule, sem a massa (crosta), pode ser servido cru, chamado “kibbe nayye”, típico do Líbano, Síria e Iraque, acompanhado do licor de arak. No Líbano, o quibe cru servido num dia, é cozido para ser servido no dia seguinte. No Brasil, a carne para o quibe é, preferencialmente, a bovina.

 

3-      DIA DA ESFIHA LIBANESA – Lei nº 10.904 de 31 de maio de 2010 – a ser comemorado anualmente, no município de Porto Alegre, no dia 09 de setembro. A empresa Habib´s democratizou a esfiha no Brasil vendendo, por ano, 680 milhões do quitute, liderando a institucionalização do Dia Oficial da Esfiha nesse dia, sendo uma pequena massa de pão, assada no forno, com recheios que podem ser de carne bovina, carne de carneiro, queijo, coalhada ou verduras temperadas.

 

4-      DIA DO BAKLAVA LIBANÊS – Lei nº 10.904 de 31 de maio de 2010 – a ser comemorado anualmente, no município de Porto Alegre, no dia 20 de março. Data referente ao Equinócio de Março no Líbano (início da estação da primavera no Líbano). Baklava é um tipo de pastel elaborado com uma pasta de nozes trituradas, envolvida em massa filo e banhada em xarope ou mel, podendo ter pistache, avelãs e sementes de gergelim, papoula e outros grãos. Geralmente, é servida como sobremesa nos países que fizeram parte do antigo Império Otomano.

 

5-      DIA DA COMUNIDADE LIBANESA – Lei nº 12.996 de 10 de janeiro de 2022 – a ser comemorado anualmente, no município de Porto Alegre, no dia 22 de novembro. A data escolhida em alusão à independência do país, objetiva homenagear aos homens e mulheres de origem libanesa e seus descendentes que muito se destacam na formação da identidade brasileira e gaúcha. O Brasil é o país que abriga o maior número de libaneses e descendentes no mundo e, em Porto Alegre, há cerca de 20 mil patrícios.

 

 

 

Texto

Carina Belomé