TRIBUNA POPULAR

Trabalhadores defendem reajuste do salário mínimo regional

  • Tribuna Popular com a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil – CTB/RS
    Guiomar Vidor (Foto: Ederson Nunes/CMPA)
  • Tribuna Popular com a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil – CTB/RS
    Sindicalista falou em nome de centrais sindicais (Foto: Ederson Nunes/CMPA)

A Tribuna Popular desta segunda-feira (17/8) foi ocupada pelo presidente estadual da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB). Guiomar Vidor lembrou que esta remuneração, criada em 2001, afeta a vida de 1,5 milhão de trabalhadores do Estado, justamente aqueles mais frágeis, das pequenas cidades ou que não têm acordos ou convenções coletivas ou sindicatos fortes e, portanto, não tem condições de fazer boas negociações com os empregadores. São, explicou, quase 300 mil domésticos e domésticas, motoboys e mais de 250 mil assalariados rurais, que dependem quase que exclusivamente dos reajustes no salário mínimo regional. Vidor afirmou que, para atingir o mesmo valor que ele tinha quando foi criado, de 1,28 salários nacionais, o reajuste do mínimo regional teria de ser, no mínimo, de 14%, mas, ao contrário, não é feito há dois anos. Neste período, afirmou, a cesta básica aumentou 34,7%, só nos últimos 12 meses, 28%. O arroz subiu 53%, o feijão 36%, a carne 35% e o óleo de soja, 98%. Mas o governo do Estado encaminhou uma reposição de apenas 2,73%, que o líder sindical considera inaceitável, inadmissível e, por isto, pede o apoio dos vereadores, para que eles assinem uma moção em defesa da negociação de um reajuste maior, através da Assembléia Legislativa. Disse que a justificativa do govenador Eduardo Leite para a concessão de um percentual tão baixo teria, basicamente, dois argumentos, a de que um aumento maior   prejudicaria a competitividade das empresas com os Estados vizinhos e não permitiria a abertura de novas vagas. Mas isto, segundo ele, não é verdade. Primeiro, porque Santa Catarina reajustou o seu salário mínimo em 10,62%, o Paraná em 12,29% e os índices de desemprego dos três Estados do Sul são os mais baixos do país: 9,3% no Rio Grande do Sul, 9,2% no Paraná e Santa Catarina 6,2%, todos, portanto, bem menores do que os 14% da nação. Integrou a mesa, ainda,  o secretário de Administração e Finanças da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Antônio Guntzel.  

Texto

Joel Ferreira (Reg. Prof. 6098)

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