Vale do Salso II: regularização depende de infraestrutura no local

A regularização fundiária da Vila Vale do Salso II foi o tema da reunião da Comissão de Urbanização, Transporte e Habitação da Câmara Municipal (Cuthab) desta terça-feira (9/11). Vereadores, representantes da prefeitura e da comunidade debateram sobre as demandas da comunidade. A reunião foi conduzida pelo presidente Cassiá Carpes (PP), que iniciou informando que o campo de futebol da comunidade receberá uma tela que foi doada. “Ao lado do campo tem uma praça e vamos tentar um mutirão para revitalizá-la, o que vem ao encontro da melhora da autoestima da comunidade”, disse.

A presidente da Associação de Moradores do Vale do Salso, Natalícia Annello Deitch, explicou que a Vila Vale do Salso I já foi regularizada e que agora aguardam o andamento dos processos das Vilas Vale do Salso II e III. “Já tem projetos aprovados. Em reunião, em março deste ano, ficou definido a execução de sérias intervenções em locais com situação de risco e remoção de moradores”, explicou.

A secretária-adjunta de Habitação e Regularização Fundiária, Simone Somensi, destacou que o Executivo já avançou até onde a legislação permite e conseguiu avançar na emissão de matrículas do Vale do Salso I. “Tem problemas grandes a serem solucionados que envolvem obras e enquanto não forem feitas, não conseguiremos avançar na regularização do Salso II e III. Há riscos para as famílias, e a legislação é clara quando diz que, se o território apresenta área de risco, tem que primeiro eliminar os problemas para depois avançar na regularização”, disse, frisando que isto não significa que a prefeitura "virou as costas" para a comunidade. Simone fez um apelo ainda para que a comunidade não permita que moradores se instalem nas margens do arroio, pois prejudicará o processo de regularização.

O secretário-adjunto de Serviços Urbanos, Vitorino Baseggio, destacou que algumas obras já começam a ser executadas nos próximos meses com ajuda de parceiros e da comunidade. “Concluímos o projeto, e a ideia é que em janeiro a gente comece a construção de uma ponte nova, com nove metros. A Cedro terá sete metros, com calçamento e quebra-molas para evitar acidentes”, citou. 

O arquiteto e urbanista da prefeitura Fernando Biffignandi, além dos moradores Pedro Dias e Enilton Mirapalheta Teixeira, falaram sobre o acúmulo de lixo no local. A Secretaria de Serviços Urbanos destacou que a coleta no local é regular e o problema é o descarte inadequado que deve ser combatido.

Vereadores

O vereador Hamilton Sossmeier (PTB) disse que esteve na região a convite dos moradores e ficou preocupado com a possibilidade de aumento do fluxo de veículos na via, visto que há muitas crianças que circulam pelo local. 

O vereador Roberto Robaina (PSOL) questionou sobre a possibilidade de envio de emendas impositivas para a comunidade, mas recebeu a explicação de que isto não é possível pelos impedimentos legais.

Para o vereador Gilson Padeiro (PSDB), as obras da ponte e das vias são muito importantes para a região da Restinga, reduzindo o tempo de deslocamento, inclusive para ambulâncias que atendem o hospital local. 

Também integram a Cuthab a vereadora Karen Santos (PSOL), vice-presidente, e o vereador Pablo Melo (MDB).