Plenário

Vereador defende turno integral em escolas da rede municipal

Os vereadores de Porto Alegre analisam, já em segunda sessão, no período de Discussão Preliminar de Pauta da sessão desta segunda-feira (22/11), projeto de lei que estabelece o atendimento em período integral a todos os alunos matriculados nos estabelecimentos de Ensino Infantil e de Ensino Fundamental da Rede Municipal de Ensino. Apresentada pelo vereador Aldacir Oliboni (PT), a proposta recebeu duas emendas do próprio autor.

Oliboni lembra que a escola em tempo integral está prevista na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBN), de 1996. "A questão é que a falta de obrigatoriedade contribui para que a jornada integral não se torne realidade no país", lamenta. Segundo o vereador, dados de 2009 da Fundação Getúlio Vargas (FGV) indicam que os estudantes brasileiros com idades entre 4 e 17 anos ficam, em média, 3,8 horas por dia na escola, menos que a jornada mínima prevista pela LDBN.

Uma surpresa, conforme Oliboni, ficou por conta da Região Sul (3,63 horas), com menos tempo do que o observado no Nordeste (3,67 horas). "Por isso, precisamos pensar na ampliação da jornada escolar, ou seja, na implantação de escolas de tempo integral como concepção de educação integral, com a perspectiva de que o horário expandido represente uma ampliação de oportunidades e situações que promovam aprendizagens significativas e emancipadoras", declarou.

Pela emenda 1, o atendimento integral aos alunos se dará de forma gradativa, considerados os critérios previstos na Lei Orgânica do Município, tais como demanda de vagas, realidade dos alunos e desenvolvimento do processo educativo. Na emenda 2, o vereador faz um ajuste ao texto, suprimindo o caráter autorizativo do projeto, vedado em precedente legislativo.

Oliboni também sugere que a despesas decorrentes da execução da Lei oriunda do projeto corram por conta de dotações orçamentárias próprias, suplementadas, se necessário.

Claudete Barcellos (reg. prof. 6481)