Projetos

Vereador solicita título de Cidadã de Porto Alegre à Maria Irene Abrantes

Natural de Portugal, homenageada desenvolve trabalho voltado ao atendimento de crianças

Movimentação de Plenário. Na foto: vereador Tarciso Flecha Negra
Vereador Tarciso Flecha Negra na tribuna do plenário (Foto: Leonardo Contursi/CMPA)

Está em tramitação, na Câmara Municipal de Porto Alegre, projeto de lei que concede à senhora Maria Irene Simões Pessoa Abrantes, o título de Cidadã de Porto Alegre. A honraria é proposta pelo vereador Tarciso Flecha Negra (PSD). “Por sua história de vida e pela sua importante contribuição no cenário assistencial de Porto Alegre, consideramos justo e merecido homenageá-la”, relata o vereador.

Maria Irene Zenhas, atualmente com 84 anos de idade, nasceu em região situada entre as cidades de Porto e de Coimbra, em Portugal. Ela foi pioneira em projeto voltado a crianças e adolescentes especiais no Rio Grande do Sul. Aos 20 anos, quando casou-se com Adelino Abrantes Zenhas, visitou o Brasil em lua-de-mel e passou a morar em Porto Alegre. Em dado momento participou, representando sua terra natal, da Cruzada de Amor às Crianças Excepcionais. Foi dado início, então, a um projeto que tinha sede em um prédio no Centro Histórico de Porto Alegre, doado pelo município, o qual deveria abrigar crianças excepcionais. Maria Irene tinha a cedência de um espaço ofertado pelo banco Sulbrasileiro, lá, junto a um grupo de senhoras da sociedade ela iniciou o projeto da Casa do Excepcional Santa Rita de Cássia. 

Em 1978, a instituição mudou-se para o Bairro Chácara das Pedras, passando a ser chamada de Casa do Excepcional Santa Rita de Cássia. Mais tarde, passou a funcionar no Bairro Jardim Itu-Sabará. Com o crescimento da casa, houve a necessidade de mais uma mudança de endereço, onde se localiza até hoje. Na Estrada Martin Félix Berta, no Bairro Rubem Berta, está a organização não-governamental e sem fins lucrativos, que atende crianças necessitadas de cuidados especiais que não possuem condições financeiras para pagar pelo tratamento. O prédio atual abriga até 60 crianças e foi construído a partir de auxílio financeiro da comunidade e de trabalho voluntário.

Dona Irene credita a sobrevivência da casa, que existe há 40 anos, à doação: “Quando você se coloca no lugar do outro e sabe que pode fazer alguma coisa para melhorar o mundo de outra pessoa, aprende a amar”. A instituição hoje oferece serviços de fisioterapia, fonoaudiologia, pediatria, assistência social, neurologia e nutrição e conta com 36 colaboradores contratados e 42 voluntários.

Texto: Adriana Figueiredo (estagiária de jornalismo)
Edição: Helio Panzenhagen (reg. prof. 7154)