Projetos

Vereadora pede UBSs equipadas para atender mulheres com deficiência

Proposta de Margarete Moraes cita pesquisa do IBGE em sua apresentação

  • Presidente Cassio Trogildo participa da solenidade de entrega do primeiro posto de saúde com horário estendido a funcionar na Capital, a UBS São Carlos.
    Vereadora quer Unidades de Saúde equipadas para atender mulheres com deficiências (Foto arquivo) (Foto: Ederson Nunes/CMPA)
  • Mulheres vereadoras suplentes do PT tomam posse e Sessão é conduzida por vereadoras neste 8 de março. Na foto: vereadora Margarete Moraes
    Suplente do Partido dos Trabalhadores, Margarete assumiu cadeira em março (Foto: Leonardo Contursi/CMPA)

Está tramitando na Câmara de Vereadores de Porto Alegre projeto de lei apresentado pela vereadora suplente Margarete Moraes (PT) que obriga as Unidades Básicas de Saúde (UBSs) do Município a disponibilizarem equipamentos adaptados às necessidades de mulheres com deficiência, quando da realização de exames médicos. Conforme o texto, as UBSs deverão ter mesas de exames, macas, camas e equipamentos que atendam as necessidades especiais das pacientes. Margarete assumiu cadeira no Legislativo da Capital em março, por ocasião do Dia Internacional da Mulher, quando foi protocolada a presente proposta.

A vereadora, na defesa de seu projeto, lembra que, de acordo com Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2015, 6,2% da população brasileira tem algum tipo de deficiência. Ela explica ainda que a pesquisa considerou quatro tipos de deficiências: auditiva, visual, física e intelectual. Outro dado citado é o de que aproximadamente 2,6 milhões de pessoas (1,3% da população) possuíam deficiência física na ocasião da pesquisa. Já a deficiência intelectual acometia cerca de 1,6 milhão de brasileiros (0,8% da população).

Especificamente sobre a saúde feminina, o projeto registra números revelando que cerca de 60% das mulheres brasileiras entre 50 e 69 anos de idade fizeram mamografia em 2013. “São números preocupantes, pois se observa que há muito a avançar nesse campo", lamenta Margarete. "Por certo, uma das dificuldades que concorrem para que esses números de exames ainda não sejam ideais é a dificuldade que as mulheres com deficiência têm em realizar seus exames em equipamentos não adaptados às suas necessidades”, argumenta a vereadora.

Texto: Priscila Bittencourte (reg. prof. 14806)
Edição: Helio Panzenhagen (reg. prof. 7154)