Vereadores avaliam regionalização como qualificação na saúde
Em mais uma visita para fazer um diagnóstico do sistema de saúde de Porto Alegre, vereadores visitaram o Hospital Cristo Redentor e a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Moacir Scliar, na zona norte, na manhã desta sexta-feira (15/3). Durante a visita, o diretor técnico do Grupo Hospitalar Conceição (GHC), Neio Lúcio Fraga Pereira, ressaltou a necessidade de mudança na estrutura de gerenciamento da saúde na cidade.
Porto Alegre precisa funcionar de forma regionalizada, que é uma tendência proposta pelo próprio Ministério da Saúde como forma de diminuir a ociosidade e o absenteísmo que hoje são, infelizmente, uma realidade" destacou Pereira. ele lembrou que, na prática, o GHC já funciona como um centro de atendimento da zona norte.
"Contudo, pela falta de integração do sistema, muitas vezes encaminhamos pacientes para outras regiões da cidade, da mesma forma que não é raro recebermos pacientes da zona sul, explicou ainda o diretor, propondo uma institucionalização de uma política descentralizada.
"Contudo, pela falta de integração do sistema, muitas vezes encaminhamos pacientes para outras regiões da cidade, da mesma forma que não é raro recebermos pacientes da zona sul, explicou ainda o diretor, propondo uma institucionalização de uma política descentralizada.
Ao lembrar que a Câmara Municipal está preparando um documento com sugestões para o Executivo a partir das visitas a hospitais filantrópicos e públicos, o vereador Dr. Thiago Duarte (PDT), presidente da Casa, lembrou que a demanda pela regionalização dos atendimentos não é algo isolado.
O índice de absenteísmo, por exemplo, deve chegar a 15%, talvez 20%, em Porto Alegre. Não é incomum marcarem uma consulta de um paciente do Lami para um hospital do outro lado da cidade às 7 horas. Resultado: como ele não chegaria em tempo, desiste", disse o vereador. Conforme o Dr. Thiago, a regionalização poderia minimizar este problema.
O índice de absenteísmo, por exemplo, deve chegar a 15%, talvez 20%, em Porto Alegre. Não é incomum marcarem uma consulta de um paciente do Lami para um hospital do outro lado da cidade às 7 horas. Resultado: como ele não chegaria em tempo, desiste", disse o vereador. Conforme o Dr. Thiago, a regionalização poderia minimizar este problema.
Vereadores e direção do hospital chegaram à conclusão que muito já melhorou na área, mas que a desorganização do sistema quebra com o princípio da integralidade do paciente, que é um dos pilares do Sistema Único de Saúde (SUS) e está previsto no artigo 198, II da Constituição Federal.
Com base neste dispositivo, como explicou Pereira, o SUS estruturou sua proposta de universalização da saúde e diversificou os serviços prestados à população. "O atendimento humanitário com a diminuição das filas e do tempo de espera para marcar consultas constitui atualmente no maior desafio da saúde pública, e a regionalização da assistência à saúde nas grandes cidades é uma das propostas concretas do Ministério", disse o diretor do GHC.
UPA
Na segunda etapa roteiro, os vereadores foram conferir a UPA Moacyr Scliar, também na zona norte. O gerente técnico da unidade, José Roberto Saraiva, fez uma avaliação dos primeiros meses de atuação do local que começou a operar em setembro de 2012 , apontando que a capacidade de atendimento é de 500 pacientes por dia, mas atualmente a demanda é de 350 em média.
Apesar do bom funcionamento, Saraiva admite que alguns pontos precisam melhorar, especialmente com relação à demora que, não raras vezes, pode passar de seis horas. Contudo, ele sai da UPA com o atendimento completo, quer dizer, nós não o encaminhamos para outro local para terminar o que foi iniciado aqui. Ele entra, é atendido e, se necessário, faz os exames. Estes, em alguns casos, podem demorar duas ou três horas, o que acaba resultando numa demora do todo, pondera.
Apesar do bom funcionamento, Saraiva admite que alguns pontos precisam melhorar, especialmente com relação à demora que, não raras vezes, pode passar de seis horas. Contudo, ele sai da UPA com o atendimento completo, quer dizer, nós não o encaminhamos para outro local para terminar o que foi iniciado aqui. Ele entra, é atendido e, se necessário, faz os exames. Estes, em alguns casos, podem demorar duas ou três horas, o que acaba resultando numa demora do todo, pondera.
A visita aos dois locais foi guiada pela gerente adjunta de paciente externos do GHC, Gleide Simas Custódio Khan, e contou com a participação dos vereadores Pablo Mendes Ribeiro (PMDB) e Alceu Brasinha (PTB).
Texto: Gustavo Ferenci (reg. prof. 14303)
Edição: Helio Panzenhagen (reg. prof. 7154)
Edição: Helio Panzenhagen (reg. prof. 7154)