PLENÁRIO

Vereadores se solidarizam a levante contra morte de mulheres

  • Retrato. Vereadora Daiana Santos.
    Vereadora Daiana Santos (PCdoB)
  • Vereadora Bruna Rodrigues
    Vereadora Bruna Rodrigues (PCdoB) (Foto: Elson Sempé Pedroso)

Moção de solidariedade a movimento neste sentido foi aprovado por unanimidade, durante a sessão ordinária desta quarta-feira (26/5). A proposta foi apresentada pelas vereadoras Bruna Rodrigues (PCdoB) e Daiana Santos (PCdoB). Segunda elas, só no primeiro semestre do ano passado, foram mortas 648 brasileiras, em sua maioria negras e vivendo em duríssima desigualdade social. E quem as matou, homens embrutecidos, truculentos, violentos, machistas e impunes, que não admitem a autonomia, a igualdade e a liberdade das mulheres e querem re-domesticá-las e afastá-las da vida pública. Que usam de violência física, psicológica, moral, sexual e patrimonial não apenas contra as mães, mas, também, seus filhos.  Afirmam, ainda, que ideias e atitudes que revelam aversão ou desprezo pelas mulheres transformaram-se em comportamento aceito e legitimado por quem faz as leis, as executa ou julga em função delas e que o governo tem se omitido no combate à violência contra a mulher. Entendem que são necessários programas de enfrentamento a cultura patriarcal e racista que leva ao assassinato de mulheres. Dizem que o país que projetam é fruto da ética e da política feminista, que defende o direito à vida e que a aprovação do aborto, como um direito, no Uruguai e na Argentina, lhes dá força. Garantem que o apoio dos vereadores é um ato de revolta e que, com ele, pretendem se somar às mulheres feministas brasileiras, negras, indígenas, pardas, brancas, quilombolas, periféricas, que convivem com deficiências, lésbicas, bissexuais, cis e trans, das cidades, do campo, das águas e das florestas, mães, parteiras tradicionais, trabalhadoras precarizadas, hiper exploradas e desempregadas. Para elas, o assassinato de mulheres tem aumentado, desde 2016, ano a partir do qual, a cultura do ódio às mulheres, e a prática deste tipo de crime nunca foram tão ostensivas e extremistas.  Mulheres cis são aquelas que se identificam e trans as que não se identificam com o sexo que lhes foi atribuído ao nascer.

Texto

Joel Ferreira (Reg. Prof. 6098)

  • Ver. Cassiá Carpes (PP)

  • Ver. Karen Santos (PSOL)

  • Ver. Reginete Bispo (PT)