Direitos Humanos

28 de junho: Dia Mundial do Orgulho LGBT

A data tem o objetivo de contribuir para o fim do preconceito

O bar gay Stonewall Inn, em Nova York, invadido pela pela polícia em 28 de junho de 1969
O Stonewall Inn, de Nova York, invadido pela polícia em 28 de junho de 1969

Neste dia 28 de junho, é celebrado o Dia Mundial do Orgulho LGBT. Com o intuito de colaborar para o fim do preconceito e da violência contra a comunidade gay, a data é exaltada a fim de conscientizar a população sobre a importância do combate à homofobia e a construção de uma sociedade igualitária e livre de preconceitos. A data faz referência à Rebelião de Stonewall, ocorrida no distrito de Manhattan, em Nova York (EUA). Na ocasião, após a invasão do Bar Stonewall Inn pela polícia, em 28 de junho de 1969, gays, lésbicas, travestis, drag queens e transexuais que estavam no local enfrentaram a repressão e iniciaram uma onda de protestos que perdurou por vários dias. O gesto foi um marco no combate à perseguição imposta pela força policial aos frequentadores do bar e à comunidade LGBT.

Desde então, 28 de junho é lembrado anualmente, configurando uma expressão de orgulho, ao pregar a liberdade de que cada um assuma publicamente sua orientação sexual e identidade de gênero. Dessa forma, este dia tornou-se referência na luta pela igualdade civil dos homossexuais, sendo celebrado em vários países. No Brasil, a Parada do Orgulho LGBT de São Paulo é tida como a maior manifestação de combate à homofobia em nível nacional. Neste ano, o tema do evento, ocorrido em 29 de abril, foi "Lei de identidade de gênero, já! - Todas as pessoas juntas contra a Transfobia”.

Direitos LGBT da Câmara Municipal

Na Comissão de Defesa do Consumidor, Direitos Humanos e Segurança Urbana (Cedecondh), da Câmara Municipal de Porto Alegre, já foram realizadas reuniões sobre os direitos e desafios e também sobre a violência contra a população LGBT. Em 27 de fevereiro, na 5ª Conferência Municipal de Direitos Humanosrealizada na Casa e que teve como tema "Democracia, justiça e igualdade”, o então secretário municipal de Direitos Humanos e hoje vereador Luciano Marcantonio (PTB) afirmou que é necessário “enfrentar a classe conservadora que não reconhece os direitos humanos”.

Também no Legislativo municipal, está em tramitação o projeto de lei da vereadora Fernanda Melchionna (PSOL) que cria o Programa Escola Livre de Discriminação por Gênero na rede pública municipal de ensino. Segundo a autora, a proposta “visa evitar qualquer discriminação por orientação sexual ou por gênero no ambiente escolar”. Ainda neste sentido, há um ano, a Câmara Municipal prestou homenagem ao deputado federal Jean Wyllys (PSOL-RJ), concedendo a ele a Comenda Porto do Sol. Também proposta por Fernanda Melchionna, a honraria foi concedida pelo reconhecimento à atuação de Wyllys, “uma das principais vozes na defesa da causa LGBT no Congresso Nacional”, conforme a proponente.

Texto: Paulo Egidio (estagiário de Jornalismo)
Edição: Claudete Barcellos (reg. prof. 6481)