Alunos surdos querem continuar estudando no CMET Paulo Freire
Depois de um longo debate no ano passado, a Comissão de Educação, Cultura, Esporte e Juventude (Cece) voltou a discutir a questão que envolve os alunos surdos do Centro Municipal de Educação do Trabalhador (CMET) Paulo Freire, que fica no Centro Histórico da Capital. Na tarde desta terça-feira (26/3), a Câmara Municipal de Porto Alegre recebeu estudantes, pais, professores e representantes da escola, do Conselho e da Secretaria de Educação (Smed).
Durante a reunião, os vereadores ouviram diversas reclamações. Os pais Valentim Gomes e Lorena Dipp relataram os casos dos filhos que perderam as vagas no Paulo Freire. Segundo eles, não houve nenhum contato por parte da escola informando a exigência de rematrícula.
O vice-diretor do CMET, Luís Secchi Neto, garantiu que foram enviados bilhetes aos pais. Informou que, dos 51 surdos matriculados em 2012, apenas 23 permanecem estudando no local, pois 18 pediram transferência para a escola municipal Salomão Watnick, no bairro Intercap, e outros cinco se evadiram.
A transferência de professores com domínio da Língua Brasileira de Sinais (Libras) também foi criticada. A representante da Associação dos Trabalhadores em Educação (Atempa), Regina Scherer, pediu uma apuração rigorosa. Temos preocupação com a lei da gestão democrática, que parece não estar sendo respeitada.
O vereador João Derly (PCdoB) falou em bom senso. É possível avaliar novamente e abrir uma nova chamada. Tarciso Flecha Negra (PSD) manifestou decepção. Será que estão rasgando a Constituição?, questionou o parlamentar. Único vereador da base do governo na reunião, Professor Garcia (PMDB) reclamou do descumprimento do acordo. Estamos perdendo tempo com este mesmo tema que já foi discutido aqui."
Durante a reunião, os vereadores ouviram diversas reclamações. Os pais Valentim Gomes e Lorena Dipp relataram os casos dos filhos que perderam as vagas no Paulo Freire. Segundo eles, não houve nenhum contato por parte da escola informando a exigência de rematrícula.
O vice-diretor do CMET, Luís Secchi Neto, garantiu que foram enviados bilhetes aos pais. Informou que, dos 51 surdos matriculados em 2012, apenas 23 permanecem estudando no local, pois 18 pediram transferência para a escola municipal Salomão Watnick, no bairro Intercap, e outros cinco se evadiram.
A transferência de professores com domínio da Língua Brasileira de Sinais (Libras) também foi criticada. A representante da Associação dos Trabalhadores em Educação (Atempa), Regina Scherer, pediu uma apuração rigorosa. Temos preocupação com a lei da gestão democrática, que parece não estar sendo respeitada.
O vereador João Derly (PCdoB) falou em bom senso. É possível avaliar novamente e abrir uma nova chamada. Tarciso Flecha Negra (PSD) manifestou decepção. Será que estão rasgando a Constituição?, questionou o parlamentar. Único vereador da base do governo na reunião, Professor Garcia (PMDB) reclamou do descumprimento do acordo. Estamos perdendo tempo com este mesmo tema que já foi discutido aqui."
"Ano passado saímos daqui com o coração tranquilo, achando que esta pauta tinha sido superada., disse a presidente do Conselho de Educação, Isabel Medeiros. A presidente da Cece, Sofia Cavedon (PT), criticou a Smed por não ter cumprido o acordo estabelecido no fim de 2012. Também reforçou a orientação para que a Secretaria siga o que determina a lei de gestão democrática e pediu a retomada do quadro de professores.
Após mais de duas horas de discussão, foi encaminhado um novo pedido à secretária Cleci Jurach para que sejam garantidas as vagas dos alunos surdos que estavam matriculados no CMET no ano passado.
Texto: Maurício Macedo (reg. prof. 9532)
Edição: Carlos Scomazzon (reg. prof. 7400)