Aumenta a limitação do uso de mulheres na publicidade
Os vereadores aprovaram, na tarde desta quarta-feira (11/8), durante sessão ordinária, projeto que torna ainda mais restritivo o uso da figura de mulheres na publicidade. A proposta foi apresentada pelo vereador Aldacir Oliboni (PT). O uso de imagens que estimulem o estupro e a violência, inclusive sexual, contra a mulher já era proibido. Mas, agora, se especificou que esta violência não pode ser nem física, nem moral nem social. Também ficam proibidas as propagandas que estimulem a misoginia, quer dizer, o nojo doentio por relações sexuais com mulheres ou a simples aversão ou desprezo por elas. A mudança foi feita na lei que estabelece as regras de uso do chamado mobiliário urbano e veículos publicitários. O autor entende que as peças de propaganda costumam mostrar a figura feminina de forma submissa, sempre em anúncios de materiais de limpeza, enquanto o papel do homem é ter o controle financeiro e decisório sobre a família ou de forma erótica. O mercado, em sua opinião, não respeita qualquer norma moral e retira da mulher a dignidade humana, transformando-a em mero objeto que pode ser tomado, dominado, usufruído. Este tratamento, para ele, estimula a violência, faz com que o machismo se perpetue e, por isto, deve ser combatido, para garantir direitos, conscientização, igualdade e civilidade. A restrição à publicidade sexista, quer dizer, que defende a superioridade de um sexo sobre o outro ou a discriminação baseada em critérios sexuais, acredita, é uma forma de se reprimir, também, os abusos contra e até a morte de mulheres. Oliboni afirma que não pretende censurar o conteúdo ou coibir a criatividade, antes, permitir que os profissionais, na busca de alternativas, a expandam.