Câmara concede título de Cidadão a Luiz Carlos Reche
Por proposição do vereador Haroldo de Souza (PMDB), a Câmara Municipal da Capital concedeu, na noite desta terça-feira (26/10), o título de Cidadão de Porto Alegre ao jornalista Luiz Carlos Reche. A solenidade, conduzida pelo presidente da Casa, vereador Nelcir Tessaro (PTB), aconteceu no Plenário Otávio Rocha e contou com a presença do prefeito José Fortunati, o representante da Assembleia Legislativa, deputado Cassiá Carpes (PTB), a diretora da Rádio Guaíba, Solange Calderon, o presidente da Associação Riograndense de Imprensa, jornalista Ercy Torma, o representante do Conselho de Cidadãos Honorários de Porto Alegre, Sérgio Kaminski, além de familiares, dirigentes esportivos, amigos, admiradores, colegas da Rádio Guaíba e da Rede Record.
Nascido em Lagoa Vermelha no dia 7 de dezembro de 1963, Reche é filho de Idolvino Reche e Maria Oro Reche. Possui sete irmãos. É casado com Lisiane e pai de três filhos: Henrique, Gabriela e Luiza. Ainda em sua terra natal começou a trabalhar cedo vendendo pastéis. Com o sonho de ser jornalista, começou a trabalhar na Rádio Guaíba em 1985 como rádio-escuta. Pouco depois, já estava fazendo as primeiras reportagens com um estilo irreverente. Também, em seguida, passou a apresentar programas na Rádio e TV Guaíba. Por sete meses, apresentou o programa Balanço Geral da TV Record.
Desde 1999, é o chefe da equipe esportiva da Rádio Guaíba, tendo lançado na área mais de trinta jovens. Ao longo de sua carreira, ganhou quatro vezes o Prêmio Press, sendo duas vezes como repórter, uma como apresentador e outra como Jornalista do Ano em 2007. Também recebeu seis vezes o prêmio ARI de Jornalismo, entre tantas outras homenagens.
Atualmente, apresenta, na Guaíba, os programas Ganhando o Jogo, ao meio-dia, e Repórter Esportivo, no final da tarde. Antes dos jogos, conduz o programa Preliminar. No intervalo e no final dos jogos, é âncora das Jornadas Esportivas. Na TV, apresenta o programa Cadeira Cativa, na TV Ulbra, e também tem uma coluna publicada aos domingos no jornal Correio do Povo.
O reconhecimento
Ao lembrar da carreira de Reche, que faz reportagens há 22 anos, o vereador Haroldo de Souza (PMDB) destacou que o homenageado estava recebendo um reconhecimento merecido pelo exemplo de vida e de homem batalhador e que o título estava sendo dado a um homem de grande fibra, de conhecimento e de postura de um verdadeiro cidadão, de muita coragem. Lembrou que a partir de 1991, na Rádio Guaíba, com Reche, formou uma dupla que contrariava o que acontecia na época em rádio, de um narrador e um repórter, quando o comum era narrador e comentarista. Constam ainda no currículo de Reche cinco Copas do Mundo, mais de cem Gre-Nal, mais de dez Libertadores da América e dois Campeonatos Mundiais.
O prefeito José Fortunati disse que não era uma homenagem qualquer e nem apenas para quem gosta de futebol. O Rio Grande do Sul é o lugar onde mais se ouve rádio, lembrou. Mas destacou que o futebol gera paixão e movimenta a economia, sendo responsável por 3,5% do PIB nacional. Destacou as obras importantes que estão projetadas para Copa de 2014. O futebol é o que é graças aos profissionais da imprensa, principalmente do rádio, declarou.
Falaram pelas suas bancadas os vereadores Bernardino Vendruscolo (PMDB), Reginaldo Pujol (DEM), Tarciso Flecha Negra (PDT), João Carlos Nedel (PP) e Elias Vidal (PPS). Também presentes os vereadores Sebastião Melo (PMDB) e João Bosco Vaz (PDT).
Ao agradecer a homenagem, Luiz Carlos Reche disse que é um pasteleiro de origem, relembrando a sua infância dos 9 aos 14 anos quando vendia pastéis em Lagoa Vermelha. Naquela época eu sabia onde queria chegar. Eu era metido, fui presidente da sala de aula e do conselho. Lá em Lagoa Vermelha eu lia a missa de domingo, tomando gosto pelo microfone. Lá eu ouvia rádio. TV era coisa de rico. E só podia escutar a rádio local e a Rádio Guaíba. Quem sonhava mais alto, tinha que pensar em trabalhar na Caixa, no Banco do Brasil ou ser médico.
Reche trabalha há 25 anos na Rádio Guaíba. Encerrou falando emocionado do amor que tem à sua família e da perda prematura dos pais e, mais recentemente, de uma afilhada de 20 anos. "Fiz vestibular para Medicina, mas passei em jornalismo e fiz o curso de jornalismo na PUC. Estou em Porto Alegre há 30 anos e disposto a lutar muito. Trabalhei em cartório, onde registrei muitas crianças, até chegar a Rádio Guaíba em 1985."
Vítor Bley der Moraes (reg. prof. 5495)