Plenário

Câmara destaca pioneirismo da Agapan

Rodrigues disse que desastres climáticos destacam luta ambiental Foto: Fernanda Westerhofer
Rodrigues disse que desastres climáticos destacam luta ambiental Foto: Fernanda Westerhofer

A Câmara Municipal de Porto Alegre destacou hoje (25/4) os 40 anos de fundação da Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural (Agapan). "A Agapan surgiu não como um movimento de protesto, mas sim de conscientização", disse o vereador Beto Moesch (PP), que propôs a homenagem. "Em 1971, quando surgiu a entidade, a preocupação com temas como agrotóxicos, queimadas e desmatamento era incipiente. Mas gaúchos pioneiros, como José Lutzenberger, trouxeram a preservação ambiental para o centro das discussões."

Beto ressaltou que a Agapan foi a primeira entidade ecológica da América Latina e uma das primeiras em âmbito mundial. Desde então, acrescentou ele, a entidade fez um trabalho de muita inteligência, tendo Lutzenberger com precursor. "A Agapan ia nas escolas, nas universidades, apresentava palestras e conquistava espaço valioso na mídia para discussão sobre o ambiente."

Para o vereador, se Porto Alegre tem hoje uma das legislações ambientais mais avançadas do país, isso se deve em muito ao trababalho da Agapan. "Por causa da entidade, aqui surgiram as primeiras leis municipais, como a legislação sobre a poda de árvores, por exemplo. A própria criação da Smam foi uma resposta política e administrativa ao movimento ambientalista" lembrou Beto.

Ao destacar a presença, na sessão, de Hilda Zimmermann e Augusto Carneiro, "pioneiros na defesa da natureza", Beto acrescentou que a Agapan representou a consolidação de um movimento político de conduta, de visão e de defesa de uma nova forma de desenvolvimento. "É um orgulho para nós gaúchos ter esta instituição exercendo a cidadania ao longo de 40 anos. A sociedade deve muito à Agapan por sua colaboração em favor da causa ambiental."

O presidente da entidade, Eduardo Finardi Rodrigues, disse que hoje, quando os desastres climáticos se intensificam em todo o mundo, a luta ambiental se faz cada vez mais necessária. Observou que o lema do ambientalismo - "pensar globalmente, agir localmente"- continua sendo perseguido pela entidade. "Sem a luta dos ambientalistas contra a poda indiscriminada, Porto Alegre não seria hoje uma das cidades mais arborizadas do país. Além do "pensar global e agir local", a Agapan não esquece de outro lema histórico: a vida sempre em primeiro lugar", afirmou o dirigente da Agapan.

Marco Aurélio Marocco (reg. prof. 6062)

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