Câmara homenageia o povo palestino
A Câmara Municipal de Porto Alegre realizou, nesta terça-feira (14/12), sessão solene para marcar o Dia Internacional de Solidariedade ao Povo Palestino, comemorado em 29 de novembro. A proposição é da vereadora Laura Sito (PT) e contou com a presença de representantes da Federação Árabe Palestina do Brasil (Fepal), além de convidados. A vereadora traçou um paralelo entre a violência sofrida pelos povos palestinos e o racismo. “A violência sofrida por nós, assim como a sofrida pela população LGBT, indígenas e mulheres, expressa uma face do mesmo mundo dividido, violento e marcado pela opressão. A superação das opressões, da violência e do preconceito exige a unidade e o encontro dos povos. Precisamos agir juntos. Conectados na luta pela paz, justiça, pela autodeterminação dos povos e pelo fim do preconceito”, enfatizou.
O presidente da Fepal, Ualid Rabah, enviou um vídeo, onde agradece a Câmara pela homenagem. “Neste ano, esta sessão avança ao identificar que a questão palestina é uma luta de todos os povos, de toda humanidade, contra o apartheid que paira sobre todos”, destacou. Presente na solenidade, a vice-presidente da entidade, Fátima Ali, se solidarizou com a Bancada Negra da Casa Legislativa, que recebeu ameaças através de um e-mail na semana passada. “Nossa solidariedade para que possamos continuar juntos na caminhada pela construção de um mundo melhor, onde não haja espaço para governos supremacistas nem para o regime do apartheid do qual somos vítimas até os dias de hoje, um processo de limpeza étnica condenado já internacionalmente.” Fátima criticou ainda a aprovação pela Câmara dos Deputados do acordo de cooperação em questões relacionadas à Defesa assinado por Brasil e Israel.
Contexto histórico
Em 1977, a Assembleia Geral da ONU determinou que fosse celebrado, todos os anos, em 29 de novembro, o Dia Internacional de Solidariedade para com o Povo Palestino. Nessa data, no ano de 1947, a ONU aprovou, sem consulta aos habitantes locais, a Resolução 181, que determinava a partilha da Palestina (os 25% em disputa) entre um Estado judeu e outro Estado árabe baseado na concentração das populações.