Câmara instala comissão para acompanhar eleições na PUCRS

A presidente da Câmara Municipal de Porto Alegre, vereadora Sofia Cavedon (PT), instalou nesta quarta-feira (16/11) a Comissão Externa para acompanhar processo eleitoral da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), a pedido do vereador Carlos Todeschini (PT). Além de Sofia e Todeschini, fazem parte da Comissão os vereadores Mauro Pinheiro (PT), Aldacir Oliboni (PT) e Fernanda Melchionna (PSOL). Compareceram integrantes do Movimento 89 de junho. 

A Comissão decidiu solicitar uma reunião com a Reitoria da Universidade e com a direção da Faculdade de Direito da PUCRS para pedir esclarecimentos. Segundo os estudantes, o Centro Acadêmico Maurício Cardoso (CAMC), da Faculdade de Direito, também apontou irregularidades no seu pleito recentemente. A Chapa 2 (Reinventar o CAMC – Oposição) alega que foi impedida de forma arbitrária de participar do processo eleitoral. A inscrição da chapa não foi homologada pela Comissão Eleitoral do centro acadêmico, e a eleição acabou sendo decidida sem votação dos estudantes. 

Sofia foi procurada, em junho, por estudantes da universidade, integrantes do Movimento 89 de junho, que denunciaram a manipulação das eleições para o Congresso da União Nacional dos Estudantes (Conune) pela atual gestão do DCE. No dia do conflito, em que os estudantes sofreram agressões por parte de representantes da atual direção do diretório, ela foi chamada à PUCRS para intervir e acompanhou e articulou, durante toda a semana, mediações em busca de solução para os confrontos.

Conforme Sofia, a Brigada Militar compareceu várias vezes ao Campus, a fim de apaziguar a situação. Além de acusações de participação de chapas fantasmas e de suposta má-fé na divulgação dos locais de inscrição e votação, a ausência de prestações de contas e de investigações da Reitoria sobre o tema também foram criticados nas manifestações.

Após várias articulações, inclusive uma ida ao Ministério Público, a Reitoria da PUCRS decidiu instalar uma sindicância para apurar o caso. Uma resolução do reitor Joaquim Clotet, em cumprimento à decisão do Conselho Universitário, resolveu estabelecer outras recomendações como: repúdio à conduta de atos violento de alunos, entre alunos e contra alunos, cujas manifestações são incompatíveis com a vida universitária; aprimoramento do processo eleitoral para provimento de cargos das representações estudantis, para que atenda, no mínimo, aos requisitos da publicidade, coordenação imparcial, possibilidade de monitoramento, entre outros requisitos; a Universidade deixará de reconhecer a legitimidade de representação da atual direção do DCE a partir de 1º de dezembro de 2011, caso não seja realizada a eleição para o DCE em novembro deste ano, com a posse dos eleitos em primeiro de janeiro de 2012.