Plenário

Câmara Municipal presta homenagem ao Dia das Mães

Elizabeth falou sobre origem da data  Foto: Ederson Nunes
Elizabeth falou sobre origem da data Foto: Ederson Nunes (Foto: Foto de Ederson Nunes/CMPA)
Na sessão plenária desta quinta-feira (7/5), a Câmara Municipal de Porto Alegre homenageou o Dia das Mães, a ser comemorado neste domingo (10/5). A homenagem foi proposta pela vereadora Mônica Leal (PP), que lembrou ser também mãe e avó, definindo o amor de uma mãe por um filho como o maior do mundo, que se mantém alheio ao tempo e às circunstâncias. "É algo que não pode ser explicado, apenas sentido. Por um filho, uma mãe é capaz de fazer qualquer coisa, buscando forças e recursos não se sabe de onde para vê-lo saudável e em segurança", assegurou. Para a vereadora, o amor materno tem o mesmo poder de uma revolução.

Representante da diretoria da Associação Cristã de Moços (ACM) da Capital, Elizabeth Scorza Baltar recordou que o Dia das Mães foi criado nos Estados Unidos. Em 10 de maio de 1908, Anna Marie Jarvis, órfã de mãe, realizou uma cerimônia dedicada a todas as mães em West Virginia. Em 26 de abril de 1910, a festa foi incluída oficialmente no calendário oficial daquele estado norte-americano. Quatro anos depois, em 1914, o Dia das Mães tornou-se oficial em todo os EUA pelo presidente do país.

Elizabeth contou que, no Brasil, o Dia das Mães foi comemorado pela primeira vez há 97 anos, em 12 de maio de 1918, em Porto Alegre, por iniciativa da ACM. Em 1932, o presidente Getúlio Vargas oficializou a data, festejada no segundo domingo de maio. Lembrou que a ACM existe há 170 anos no mundo e hoje está presente em 119 países, oferecendo atividades para desenvolver as pessoas, por meio da educação, dos esportes, da assistência social e da congregação sem distinção de raça, posição social e crença. A instituição, segundo ela, está no Rio Grande do Sul desde novembro de 1901.

Por fim, Elizabeth cumprimentou a Câmara por sempre destacar o Dia das Mães. “Nesses 97 anos, muitas homenagens como esta foram realizadas, por iniciativa do ex-vereador João Antônio Dib”, disse. Ela ainda agradeceu a oportunidade de divulgar o trabalho da ACM e felicitar as mães “e todos que exercem funções de mãe”.

Diversos vereadores também se manifestaram sobre a data:

AMAMENTAÇÃO - Cassio Trogildo (PTB) saudou a vereadora Mônica Leal (PP) pela proposição da homenagem ao Dia das Mães. “Mãe é vida, é amor, é dedicação, é carinho, é segurança, ser mãe é abrir mão. Por isso, quero homenagear todas as mães presentes, especialmente minha mãe, que juntamente com meu pai são responsáveis pela minha formação ética e caráter”, destacou. Trogildo também saudou sua irmã, sua sogra e sua esposa. “À mãe do meu filho, minha esposa, que na data de hoje também está de aniversário, dedico meu carinho e paixão”, enfatizou. O vereador desejou um feliz Dia das Mães em nome de toda a bancada do PTB e um abraço a todas as mães e lembrou que propôs um projeto voltado a elas. “Propusemos projeto de lei que estabelece uma multa aos estabelecimentos comerciais que proíbem as mães de amamentarem, prática relativamente comum em alguns locais, e que deve ser coibida”, concluiu. (LV)

CORDÃO - Carlos Casartelli (PTB) destacou que toda a mulher, mesmo que não seja mãe, ainda será mãe, tendo gestação ou adotando. “É difícil falar sobre as mães. Não existe palavra tão representativa quanto a palavra mãe, que é carregada de um significado enorme, independente da faixa etária que tivermos, tendo sua mãe por perto ou não. Mãe não se escolhe, se tem e se ama com seus defeitos e qualidades, assim como elas nos amam com nossos defeitos e qualidades”, disse.  O vereador também relatou que um dos momentos mais difíceis é cortar o cordão umbilical pela segunda vez. “Trata-se de um dos sentimentos mais fortes, penso que só poderia ser maior do que a perda de um filho, que graças a Deus não tive” concluiu. (LV)

PERDA - Bernardino Vendruscolo (PROS) contou que, quando perdeu sua avó, refletiu sobre que coisas a mais poderia ter feito por ela e disse que também foi assim quando perdeu sua mãe. “Falo isso para aqueles que ainda têm sua mãe por perto, pensem sobre isso. Minha mãe fez por muitos anos o papel de mãe e pai, acumulando  funções, e é em nome dela quero homenagear todas as mães do universo”. Vendruscolo aproveitou também para saudar os médicos oftalmologistas, pela passagem do seu dia, comemorado nesta quinta-feira. “Recentemente passei por um melanoma e, graças aos médicos, me tiraram dessa”, agradeceu. “Parabéns às mães e a esses médicos que fazem um trabalho maravilhoso. Faço esse registro com a consciência um tanto pesada, pois muitos brasileiros não tiveram e não terão o mesmo apoio técnico e médico que eu tive”, lamentou. (LV)

DIB - Guilherme Socias Villela (PP) parabenizou a ideia da vereadora Mônica Leal de homenagear o Dia das Mães, lembrando que, em anos anteriores, essa proposição era sempre feita pelo ex-prefeito e ex-vereador João Antônio Dib. “Não tive a felicidade de conviver com minha mãe, pois a perdi quando era adolescente”, relatou, ao ler o poema Para Sempre, de Carlos Drummond de Andrade, que, em um dos trechos diz: “Por que Deus permite que as mães vão-se embora? Fosse eu rei do mundo, baixava uma lei: mãe não morre nunca, mãe ficará sempre junto de seu filho e ele, velho embora, será pequenino feito grão de milho”, citou, ao desejar a todas as mães comemorações cercadas de muito carinho e recordações.(LV)

ADOTIVAS - Idenir Cecchim (PMDB) disse que sua homenagem é voltada àquelas que nunca foram mães biológicas, que não puderam dar a luz por um motivo ou por outro, mas que adotaram uma criança. “Minha fala hoje  é destinada a essas mulheres que tiveram a grandeza de adotar um filho, crianças que, na maioria das vezes, não teriam a oportunidade de crescer na vida”. O vereador relatou que, em seu trabalho como parlamentar, caminha por lugares onde é perceptível quanta falta fazem as mães na estrutura familiar. “Me deixa triste passar em lares muito pobres, em que o pai já se foi ou nem se sabe quem é pai, mas sempre há uma mulher que cuida dessas crianças, muitas vezes são as avós”, constatou. Cecchim também lembrou as mulheres e mães que se dedicam a cuidar dos filhos dos outros nos orfanatos, dando e recebendo carinho dessas crianças. (LV)

PRECONCEITO - Delegado Cleiton (PDT) também homenageou as mães das vereadoras e vereadores, em especial Dona Universina, sua mãe. Falou da preocupação de ser mãe, em formar cidadãos e querer o bem para todos. Lembrou ainda das mães que adotam crianças e enfrentam, em alguns casos, o preconceito das ruas. (FD)

ESPECIAIS - Lourdes Sprenger (PMDB) homenageou as mães que se dedicam aos filhos especiais, pela paciência e perseverança “de um amor sem limites”. Muitos esquecem que existem situações difíceis e até certo ponto complicadas no convívio do dia-a-dia. Falou ainda das perdas de pessoas queridas e finalizou sua fala agradecendo pelas flores que recebeu no plenário. (FD)

CORRERIA - Paulinho Motorista (PSB) destacou a correria das mães no dia-a-dia, levando os filhos para a escola ou para consultas médicas. “Como motorista de ônibus, presenciei essas situações e admirava a dedicação dessas mulheres”, concluiu. (FD) 

ANJOS - Márcio Bins Ely (PDT) reconheceu que é difícil falar das mães sem se emocionar, por compreender o tamanho das dificuldades de criar os filhos. Homenageou a todas com um poema que fala de anjos, "assim como são as mães que cuidam e iluminam o caminho das crianças". (FD)

CRIAÇÃO - Rodrigo Maroni (PCdoB) disse que falar das mães é um tema de difícil abordagem, em função de tudo que estas mulheres representam. Maroni começou agradecendo pela mãe e pela avó que o auxiliou em sua criação enquanto sua progenitora trabalhava. "Não tem escola, não tem política pública que substitua uma mãe. Poderíamos ter tudo de melhor, o melhor presidente, os melhores governantes, os melhores parlamentares, mas se não tivéssemos boas mães não teríamos nada", resumiu. (CV)

BISAVÓ - "Aqui fala uma mãe, uma avó e uma bisavó." Foi assim que começou a homenagem da vereadora Jussara Cony (PCdoB) às mães, que, conforme ela, são, antes de mais nada, mulheres. Jussara acredita que as mães carregam "a sabedoria da natureza que move o mundo". Ela reconheceu o papel dos homens no desenvolvimento de uma criança, mas valorizou aquilo que só diz respeito às mulheres. "Somos aquelas que entendem o significado de ter colocado no mundo um filho para que eles continuem. Momento do parto é o momento da bioquímica da vida, da esperança", definiu. (CV)

GERADOR - Dr. Thiago Duarte (PDT) se mostrou à vontade para falar das mães. Médico, ele trabalha cotidianamente com estas mulheres "gerando mães". No domingo, ele adiantou que estará atendendo como plantonista no Hospital Materno-Infantil Presidente Vargas, mas lembrará de sua mãe e de sua esposa e mãe de sues filhos, Magda. (CV)

FILHOS - Engenheiro Comassetto (PT) definiu os homens como "filhos das mulheres", reconhecendo a luta das mulheres por liberdade e direitos ao longo dos tempos. "Na Idade Média, as mulheres não mediam esforços na tentativa de curar seus filhos de doenças e, em razão disso, chegavam a ser consideradas bruxas e iam para a fogueira", recordou. Comassetto saudou iniciativas como a Patrulha Maria da Penha, implementada no governo Tarso Genro, que teriam garantido maior proteção às mulheres. Ele lamentou, no entanto, que a presença das mulheres na política seja tão pequena. "Os papeis desempenhados na política ainda não são os mesmos entre homens e mulheres, mas é algo que queremos mudar", garantiu. (CV)

Texto: Claudete Barcellos (reg. prof. 6481)
          Lisie Venegas (reg. prof. 13.688) 
          Flávio Damiani (reg prof 6180)
          Caio Venâncio (estagiário de Jornalismo)
Edição: Marco Aurélio Marocco (reg. prof. 6062)