Capina deverá estar regularizada até o final de março, afirma Rosário

Entre o final de março e o início de abril os serviços de capina em vias públicas de Porto Alegre deverão entrar em estágio de manutenção. Esta informação foi apresentada aos vereadores e vereadoras da Câmara Municipal da capital nesta quarta-feira (28/2) por Ramiro Rosário. Titular da Secretaria Municipal de Serviços Urbanos (SMSUrb), Rosário participou da sessão plenária desta tarde, oportunidade em que apresentou um relatório sobre as atividades de capina, roçada e serviços de limpeza em praças da cidade.

O secretário explicou aos vereadores as diferenças existentes nestes serviços, e lembrou que para cada um existe um contrato diferente, embora eles sejam realizados pela mesma empresa. Conforme Rosário, a capina é a retirada de vegetação do meio fio, ou de locais onde não deve haver vegetação e a roçada prevê o corte de grama, com a limpeza, em cerca de 256 quilômetros de avenidas da cidade. Já o serviço de praças é capina, varrição, limpeza de lixeiras e roçadas nestas áreas da cidade.

Problemas na licitação para a contratação destes serviços, iniciada em março do ano passado, foram os responsáveis pela falta de continuidade e manutenção da capina, roçada ou limpeza, conforme argumentou Rosário. O contrato agora firmado, que passou a vigorar a partir de janeiro deste ano, estabelece um valor de R$ 625,00 por quilometro e meio-fio, no caso da capina. Nos meses de maior calor, a empresa deve entregar mensalmente 2 mil km de vias capinadas, nos intermediários o serviço deve atingir 1,5 mil km, e no inverno 1 mil km/mês.

Já para a limpeza de praças, segundo informou Rosário, o contrato em vigor é considerado insuficiente, por estabelecer um atendimento de 200 unidades ao mês, sendo que a cidade tem cerca de 650. “Estamos encaminhando um novo processo licitatório para ser mais eficiente, pelo mesmo valor hoje em vigor”, afirmou.

Ainda conforme o secretário, a saúde financeira do município é fundamental para o bom andamento destas atividades. “No ano passado teve atraso nos pagamentos, o que acarretou na paralisação destes serviços”. Até então, capina, roçada e limpeza eram feitas por contratos emergenciais, que vinham se repetindo desde 2011, como salientou ele. Rosário reconheceu igualmente haver reclamações de contribuintes pela falta de alguns serviços de limpeza da cidade, mas salientou que, além de uma boa gestão, é necessário ter recursos.

Respostas

Depois de ouvir vereadores e vereadoras, Ramiro Rosário voltou a esclarecer e a abordar alguns pontos em relação aos serviços prestados pela SMSUrb. A respeito dos resíduos sólidos, ele destacou que Porto Alegre está sendo a cidade pioneira a trabalhar na estruturação do lixo. A partir de um projeto piloto desenvolvido pela Caixa Econômica Federal, a capital gaúcha é uma das seis cidades envolvidas no programa de coleta, sendo Porto Alegre a mais engajada de todas, de acordo com o secretário. “Queremos, como administração, propor que seja incluído toda a cadeia, desde a coleta do lixo até o destino final”.

Quanto às escolas municipais infantis, Rosário afirmou que a limpeza e a capina de todos os estabelecimentos estão sendo feitas e sugeriu que qualquer reclamação pontual poderá ser encaminhada aos órgãos responsáveis. Sobre os alagamentos em dias de chuva, o secretário declarou que há um déficit de drenagem urbana na cidade. "A situação tem se agravado ao longo dos anos e continuará alagando enquanto não houver investimento", disse, ao falar da necessidade de planejamento e estratégia para resolução do problema. Ainda assim, ele apontou avanços em alguns pontos de Porto Alegre, como na Avenida Farrapos e Parque Humaitá, região que recebeu investimento graças a associação de moradores dos bairros. Em sua observação, após algumas medidas preventivas, a situação dos alagamentos foi amenizada na região. A manutenção das redes pluviais das casas de bombas também tem conseguido avanço, no entanto, uma obra de macrodrenagem se faz necessária para melhorar o funcionamento, conforme Rosário.

Outra preocupação da secretaria é a coleta clandestina, que, segundo ele, é um crime vinculado a outras irregularidades. Para o secretário, a situação financeira é o principal fator que impede de aprimorar os serviços da cidade. Neste aspecto, ele disse acreditar na colaboração da Câmara com projetos voltados ao Executivo, para que se possa pensar no futuro da cidade. 

Texto: Helio Panzenhagen (reg. prof. 7154)
          Munique Freitas (estagiária de Jornalismo)
Edição: Marco Aurélio Marocco (reg. prof.