Comissões

Cece acompanhará construção das estruturas permanentes do Sambódromo

Vereadores estão empenhados em ajudar a comunidade  Foto: Ederson Nunes
Vereadores estão empenhados em ajudar a comunidade Foto: Ederson Nunes

A morosidade para a construção das estruturas físicas permanentes do carnaval de Porto Alegre, localizadas no Complexo Cultural do Porto Seco, foi um dos principais eixos do debate promovido pela Comissão de Educação, Cultura, Esporte e Juventude (Cece) da Câmara Municipal de Porto Alegre, na noite desta terça-feira (9/6), na Escola Municipal de Ensino Fundamental Porto Novo, zona norte da Capital. A reunião contou com lideranças políticas e comunitárias a fim de efetivar uma melhor integração entre a sociedade civil e o governo municipal com o objetivo de investigar e acompanhar o projeto executivo das obras da estrutura física, envolvendo a construção das arquibancadas permanentes do local.

 

Os trabalhos da noite foram coordenados pelo presidente da comissão, vereador Reginaldo Pujol (DEM), atendendo às reivindicações de moradores e líderes comunitários da região do Porto Seco e Porto Novo para dar mais agilidade às obras de construção permanente das estruturas. “Organizamos este encontro para saber como está o andamento do processo junto ao governo municipal. A intenção é que depois de pronto, o espaço fique à disposição da comunidade para a prática esportiva, cultural e de lazer e que não se restrinja apenas ao carnaval”, salientou Pujol.

 

Espera de recursos

 

Conforme o secretario adjunto do Gabinete de Desenvolvimento e Assuntos Especiais (Gades) da Prefeitura de Porto Alegre, Glênio Bohrer, a construção do sambódromo do Porto Seco já foi um grande avanço para a ascensão do carnaval na cidade. “Queremos agora revisar e atualizar o programa do sambódromo. Já temos um novo projeto executivo pronto, consolidado e aprovado. Estamos no compasso de espera para reunir um aporte de recursos combinados com o município e a União para então podermos colocar em prática o processo de licitação das obras”, ressaltou Bohrer, explicando que o projeto é inovador e reduziu significativamente o valor do investimento para se tornar mais viável.

 

“O projeto da Prefeitura é moderno e adequado a edificações previstas com concreto pré-moldado. Está previsto ter, em um lado, arquibancadas populares e frisas e, no outro, um módulo mais complexo com cadeiras numeradas ou frisas destinadas aos camarotes, totalizando uma lotação de 25 mil espectadores. Queremos também dispor da ocupação de centros regionais de atendimento às crianças, com centros de referências instalados embaixo das arquibancadas”, concluiu Bohrer.

 

Centro de lazer

Reivindicando um espaço cultural e de lazer para beneficiar toda a zona norte, durante o ano inteiro, a representante da comunidade local, Almerinda Garbim, pediu providências ao governo. “Nós queremos ocupar o espaço quando não tem carnaval. Queremos um complexo para a zona norte da Capital. Acho importante termos um dos pavilhões abertos para a comunidade, como temos hoje, mas precisamos buscar mais parcerias entre as prefeituras e secretarias que tenham equipamentos para as pessoas trabalharem e desenvolverem uma cultura com os adolescentes”, comentou Almerinda.

 

Representatividade

 

Representando a Secretaria Municipal de Cultura, o carnavalesco Joaquim Lucena afirmou que o carnaval de Porto Alegre é grandioso e precisa ser valorizado com mais representatividade. “Eu quero dizer que o nosso carnaval é o desfile das artes das artes. Com alegria nós podemos transformar a criança. O nosso carnaval é de inclusão social e educação. Não pode ter bebida nem droga. Estamos lutando pela sociabilidade”, acrescentando que sabe da dificuldade financeira vivida pelo Executivo municipal.

 

Vereadores

 

Para a vereadora Sofia Cavedon (PT), a expectativa da construção das estruturas físicas permanentes para o ano de 2015 já morreu. “Sabemos que os problemas estão maiores. Precisamos pensar o que se pode fazer deste já para otimizar a inclusão no Porto Seco. A criação de oficinas para juventude com a participação solidária e feiras de artesanato é uma boa ideia. A comunidade pede para que se organize coletivos entre as comunidades”, ratificou Sofia.

 

Para o vereador Professor Garcia (PMDB), as estruturas permanentes do Complexo Cultural do Porto Seco estão sendo discutidas já há dois anos. “Queremos que seja um centro de eventos. A cada ano, mais de R$ 1 milhão é investido para construir e depois retirar as estruturas do carnaval de Porto Alegre. Vale ressaltar também que nos últimos anos esta região aumentou a população. Precisamos de mais áreas de lazer, entretenimento e cultura”, ponderou Garcia.

 

O vice-presidente da Cece, vereador Tarciso Flecha Negra (PSD), destacou que o Brasil acorda todos os dias com mais uma oportunidade de fazer inclusão social com crianças e adolescentes, através do esporte e da educação. “Não vamos acabar com a violência, mas podemos amenizar esta violência. Eu sou um fiscal da metrópole chamada Porto Alegre. Estou aqui para cobrar e fiscalizar o poder Executivo”, defendeu.

 

Encaminhamentos

 

Reginaldo Pujol salientou que irá providenciar a degravação do material produzido durante a realização do encontro e que será realizada uma próxima reunião de trabalho, brevemente, na Câmara Municipal, com a presença dos vereadores e convocação de todas representações da comunidade e também da administração pública para tratar sobre o tema. “Que este seja o marco de uma reunião muito importante e produtiva”, observou Pujol.

 

Também estiveram presentes no encontro representantes dos Centros Administrativos Regionais (CAR-Norte e Sul); o presidente da Liga das Escolas de Samba de Porto Alegre, Juarez Gutierres; o ex-vereador Alceu Brasinha, representando a Secretaria Municipal dos Esportes; carnavalescos; moradores de diversas regiões da cidade; líderes culturais, além das diretoras da Emef Porto Novo, Salete Monticelli e Denise Santos da Silva.

 

Texto: Mariana Kruse (reg. prof. 12088)

Edição: Marco Aurélio Marocco (reg. prof. 6062)