Cece conhece problemas de escola da Restinga Velha

A Comissão de Educação, Cultura, Esportes e Juventude (Cece) da Câmara Municipal de Porto Alegre visitou, nesta terça-feira (28/8), a Escola Municipal de Ensino Fundamental Nossa Senhora do Carmo, no Bairro Restinga Velha. A direção, professores e representantes da comunidade e da Atempa mostraram a duas vereadoras as precárias condições da escola, que atende a 706 alunos.

A diretora Beatriz Maria Aroldi Silva lembrou que a espera pela construção de uma nova escola vem desde 2002, quando a reivindicação foi aprovada pelo Orçamento Participativo, por isso pediu socorro à Cece. Beatriz mostrou as dependências da instituição, chamando a atenção para um prédio anexo sem ligação com os banheiros. "Em dia de chuva, as crianças e as professoras precisam atravessar o pátio para chegarem ao banheiro", lamentou. "Além disso, a cada chuva, há o acumulo de água sob o prédio.”

A vice-presidenta da comissão, vereadora Sofia Cavedon (PT), afirmou que há "um mistério" envolvendo o início da obra. “A Smed disse que tem recursos e projeto e que faltaria a resposta do Demhab e da Smam, que estariam num impasse", contou. Sofia anunciou que a comissão agendará audiência com o prefeito José Fogaça para saber o que está acontecendo.

A vereadora Neuza Canabarro (PDT) declarou que, embora a questão seja anterior ao atual governo municipal, não é admissível que permaneça o impasse. “Sei que não é falta de competência dos funcionários de carreira da Smed, muitos dos quais conheço, mas não é possível que a situação siga sem uma solução", declarou. "Não adianta fazer puxadinhos de madeira. As crianças têm o direito a uma educação de qualidade.”

A representante da Associação dos Moradores da 5ª Unidade, Marlene Pereira, afirmou que se não for encontrada uma solução para a escola, a comunidade irá fazer um panelaço em frente à prefeitura.

Esta foi a terceira reunião da Cece na tentativa de encontrar uma solução para a Nossa Senhora do Carmo. O novo prédio a ser construído deverá ter capacidade para receber 1.200 alunos, atendendo à demanda reprimida do momento.

Vítor Bley de Moraes (reg. prof. 5495)