Cece verifica falta de professores na Rio Branco
Após receber denúncias de pais e alunos do Instituto Estadual Rio Branco sobre a falta de professores em sala de aula, a Comissão de Educação, Cultura, Esporte e Juventude visitou a Escola, localizada no bairro Santa Cecília, para conversar com a direção sobre o assunto. De acordo com o diretor do colégio, Otávio da Silva Oliveira, de fato existe uma ausência de professores, que, segundo ele, é em decorrência da nova Lei do Piso, implementada pelo governo estadual que reduz a carga horária dos professores estaduais.
"É normal todos os anos sofrermos com a falta de docentes, mas a nova legislação prejudicou a situação. Hoje o número de aulas é maior que o número de professores", argumentou, ao explicar que a carga horária do professor reduziu de 16 horas/aula para 13 horas/aula. Atualmente, a escola trabalha com 69 professores para atender 1.369 alunos do Ensino Médio, Fundamental e Educação Infantil. Para suprir a demanda, seriam necessários mais dez professores contratados.
Entre as matérias lecionadas com maior falta de professores estão Filosofia, Ensino Religioso, Inglês, Espanhol, Ciências, História e Química. "Por enquanto, outros professores vão se desdobrando para atender a demanda de alunos", afirmou. Outras queixas da escola dizem respeito à falta de estrutura - não há plano de prevenção para incêndio, por exemplo -, e ao número reduzido de profissionais na área administrativa. A biblioteca do instituto possui um acervo de mais de 24 mil livros, mas sem nenhum bibliotecário responsável.
Ano letivo
Para o presidente da Cece, vereador professor Garcia (PMDB), é preciso buscar soluções agora no início do ano letivo para que os alunos não sejam prejudicados durante o ano inteiro. "Há uma carência em matérias importantes e isso é muito grave", frisou. Presente também na reunião, a vereadora Sofia Cavedon (PT) saudou o esforço dos funcionários que hoje conduzem o trabalho na escola e ponderou que o processo da transversalidade do currículo, da proposta de reestruturação do ensino médio e da educação profissional do governo do Estado devem ser louvadas. A lei do piso estabelece 25% da carga horária dos professores para dedicação às atividades extraclasse, como o planejamento das aulas e isso é muito bom, disse.
Ester Scotti (reg. prof. 11387)