Inclusão

Censo de Inclusão da Pessoa com Síndrome de Down avança em Porto Alegre

Projeto apresentado pelo vereador Clàudio Janta (Solidariedade) propõe realização de um censo para auxiliar no direcionamento de políticas públicas.

Movimentações de plenário. Na foto, o vereador Claudio Janta.
Clàudio Janta, autor do projeto que visa instituir censo e o Cadastro de Inclusão (CI) (Foto: Leonardo Contursi/CMPA)
O projeto que propõe a criação do Censo de Inclusão da Pessoa com Síndrome de Down tramitou em primeira sessão de pauta na Câmara Municipal de Porto Alegre, nesta segunda-feira (17). A iniciativa, de autoria do vereador Clàudio Janta (Solidariedade), busca auxiliar na constituição de um mapeamento desta população para o direcionamento de políticas públicas que atendam suas necessidades. 
 
Na justificativa da proposta, o vereador expõe que no Brasil nascem cerca de oito mil bebês com síndrome de Down todos os anos, constituindo, pelo menos, 350 mil famílias que encontram dificuldades em relação a assistência e garantia de direitos. "São crianças e adultos que merecem respeito e oportunidades de inclusão, pessoas com algumas limitações e muitas potencialidades", enfatiza.
 
De acordo com o projeto, o programa prevê a realização de censos com periodicidade bienal (uma vez a cada dois anos), a fim de identificar a quantidade e o perfil socioeconômico das pessoas com síndrome de Down na Capital, além de constituir o Cadastro de Inclusão (CI). "É de suma importância a constante busca pela valorização e pelo respeito às pessoas com síndrome de Down. Desta forma, cada vez mais, é preciso o investimento em serviços e pesquisas sobre a remoção de barreiras sociais e equívocos sobre o tema", acrescenta o vereador Clàudio Janta, que também propôs o Censo de Inclusão do Autismo, em tramitação no Legislativo.
 

Síndrome de Down

A síndrome de Down não é uma doença, mas uma condição inerente à pessoa - portanto não se deve falar em tratamento ou cura. É geneticamente determinada, causada pela trissomia do cromossomo 21, que cursa com dismorfias faciais, hipotonia no período neonatal e na lactância, atraso global do desenvolvimento, podendo estar associada ou não a malformações congênitas simples ou complexas. Essa condição está associada a algumas questões de saúde, que devem ser observadas desde o nascimento da criança. 
 
Diferente do autismo, não existe classificação em graus para a síndrome de Down, porém, sinais clínicos como os de desenvolvimento motor e mental tendem a apresentar variações. Algumas situam-se no nível severo de déficit cognitivo, outras encontram-se próximo da deficiência mental leve. Apesar da variação, todas as pessoas com a síndrome de Down têm uma maior probabilidade de apresentar alguns problemas de saúde e precisam ser acompanhadas, visando ao diagnóstico precoce e a condutas adequadas.
 
Texto: Andréia Sarmanho (reg. prof. 15.592)