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Chuva que abalou conduto Álvaro Chaves só ocorre uma vez a cada 90 anos, diz DEP

Daniela e Boelter falaram sobre avarias no conduto forçado Foto: Elson Sempé Pedroso
Daniela e Boelter falaram sobre avarias no conduto forçado Foto: Elson Sempé Pedroso
A chuva que caiu no último dia 20 de fevereiro, que resultou em avarias no conduto Álvaro Chaves, na Avenida Bordini, ocorre uma vez a cada 90 anos. Esta foi a explicação apresentada pelo Departamento de Esgotos Pluviais (DEP) para justificar os danos registrados naquele trecho do conduto. "Numa situação como esta, é esperado que as ruas alaguem, mas não se esperava que a estrutura sofresse os danos que sofreu", admitiu a engenheira do departamento, Daniela Benfica, que, junto com a direção do DEP, compareceu nesta segunda-feira (4/3) à Câmara Municipal de Porto Alegre.

A engenheira lembrou que desde 2008, quando a obra foi concluída, a cidade enfrentou várias chuvas fortes e que em todos os casos a rede se mostrou eficiente. "Os alagamentos frequentes na Goethe, por exemplo, nunca mais ocorreram." Em fevereiro, porém, houve uma chuva excepcional, lembrou Daniela. Conforme ela, esta obra foi dimensionada para chuvas elevadas que ocorrem em média a cada dez anos. "Esta, no entanto, costuma acontecer somente uma vez a cada 90 anos." 

O diretor geral do DEP, Tarso Boelter, reforçou que a chuva de fevereiro deste ano foi excepcional. "Foram 75 milímetros em 35 minutos de chuva." Salientou, porém, que desde o dia seguinte ao problema a Prefeitura acionou o consórcio PMR, responsável pela obra, para avaliar e apresentar explicações sobre as avarias registradas na estrutura do conduto. Boelter acrescentou que o Executivo solicitou ao Crea um parecer sobre o fato registrado na Bordini e que aguarda o documento para analisá-lo. Ele acredita que até o final da próxima semana o parecer estará concluído.

Boelter lembrou que o conduto possui 15 quilômetros de extensão e que o trecho que apresentou problemas é de cerca de 10 a 12 metros. "Vamos fazer a reforma neste trecho e, em no máximo 90 dias, vistoriar todos os 15 quilômetros da obra", garantiu o diretor. O conserto definitivo do trecho que se rompeu, adiantou Boelter, deve ser finalizado em 60 dias.   
Texto: Marco Aurélio Marocco (reg. prof. 6062)
Edição: Helio Panzenhagen (reg. prof. 7154)