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Presidente da Cedecondh cobra solução para catadores

Catadores de lixo aguardam novo local para trabalhar na reciclagem Foto: Tonico Alvares
Catadores de lixo aguardam novo local para trabalhar na reciclagem Foto: Tonico Alvares

A Comissão de Defesa do Consumidor e Direitos Humanos (Cedecondh) da Câmara Municipal percorreu nesta segunda-feira (5/6) todos os lugares oferecidos pela Prefeitura para que a Associação Novo Cidadão instale seus equipamentos e possa recomeçar o trabalho de reciclagem de lixo. Para o presidente da Cedecondh, vereador Carlos Todeschini, “é preciso que a Prefeitura encontre uma solução definitiva para estas pessoas, disponibilizando um espaço físico adequado para trabalharem”.

Os catadores da Novo Cidadão foram transferidos do Viaduto da Conceição, no centro de Porto Alegre, onde iniciaram a sua cooperativa no final de 2004. Foram deslocados pela atual gestão para outros três locais: Associação dos Recicladores da Vila dos Papeleiros (Arevipa), Viaduto da Castelo Branco e Capatazia do DMLU, próximo à Usina do Gasômetro. De acordo com a Novo Cidadão, em todos locais propostos pela Prefeitura não houve acordo para a sua permanência, devido à falta de infra-estrutura adequada ao trabalho.

De acordo com o presidente da Novo Cidadão, José Matias, a Prefeitura está impedindo os catadores, ex-moradores de rua, de trabalharem. Ele afirmou que além serem proibidos de trabalhar, os recicladores tiveram seus materiais (uma prensa, carrinho para transportar papel, camisetas e colchões) apreendidos pelo Município.

O presidente da Cedecondh, vereador Carlos Todeschini (PT), afirmou que a visita à Arevipa também serviu para esclarecer um depoimento dado por um representante do DMLU à Cedecondh no dia 9 de maio. O vereador lembrou que a versão apresentada à comissão de que os integrantes da Novo Cidadão teriam sido expulsos da Arevipa não procede. De acordo com os próprios catadores da Arevipa, a relação entre esta associação e a Novo Cidadão sempre foi muito boa. “Estamos diante de um caso de má-fé e o poder público não pode agir desta forma. Nós vamos pedir providências e vamos apurar este caso”, alertou Todeschini.

Alexandre Costa (reg. prof. 7587)