Novo Cidadão insiste em terreno para ter galpão de reciclagem
A Comissão de Defesa do Consumidor, Direitos Humanos e Segurança Urbana (Cedecondh) intermediou, nesta terça-feira (3/11), mais uma rodada de negociações entre a Associação dos Catadores Novo Cidadão e o Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU) para a cedência de um terreno para abrigar um galpão de reciclagem de lixo.
José Matias, representante da Novo Cidadão, disse que foi dito na última reunião na Cedecondh que o DMLU indicaria um terreno, mas ele informa que o Departamento não se manifestou e a própria entidade indicou um local. A direção da empresa mostrou outro local para os associados. Se não for dado o terreno, queremos ao menos o ressarcimento das despesas que tivemos para constituir a cooperativa, que foi exigência do DMLU, destaca.
Eduardo Rava de Campos, chefe de gabinete do DMLU, disse que o local usado anteriormente na avenida Alberto Bins pelos trabalhadores é uma capatazia do Departamento, que não pode ser ocupado. Sobre o terreno indicado pelos catadores, no bairro Mario Quintana, Campos relata que se trata de uma casa abandonada, invadido e pertencente a uma empresa. Não estamos contra o trabalho da associação, somos parceiros, mas tem que ter autorização do proprietário e ser legalizada, completa.
Para Adelino Lopes Neto, supervisor de operações do DMLU, a área indicada pela associação mesmo que fosse legalizada não tem condições de abrigar os trabalhadores, pois carece de características de abrigo e não tem higiene. Não nos propusemos a indicar terrenos e tampouco criamos associações. O que fazemos é convênios e parcerias para dar matéria-prima para a reciclagem e ajuda de custo para manutenção de equipamentos, justificou Adelino.
Negociação
Para abrir uma nova fase nas negociações, foi sugerida na reunião a indicação do vereador Toni Proença (PPS) e do supervisor Adelino Lopes Neto para tratar do caso diretamente com a Novo Cidadão. Eles deverão buscar uma alternativa de local para o galpão de reciclagem. Existem terrenos disponíveis e existe lixo. Então, temos que chegar a um acordo com um resultado prático, defendeu Juliana Brizola (PDT), presidente da Cedecondh e que conduziu a reunião. Segundo ela, se existem conflitos anteriores, esses precisam ser superados para não gerarem mais problemas e haver solução para os trabalhadores. Também participaram do encontro os vereadores Pedro Ruas (PSOL) e Ervino Besson (PDT).
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Leonardo Oliveira (reg. prof. 12552)