Dmae anuncia retomada do Programa Integrado Socioambiental
O diretor-geral do Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae), Flávio Presser, falou nesta segunda-feira (10/4) sobre a retomada do Programa Integrado Socioambiental (Pisa). Informou que uma missão da Prefeitura irá a Washington, em agosto, com a intenção de assinar o contrato com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e iniciar as obras ainda neste ano.
Segundo ele, o Pisa, cujo objetivo é elevar a capacidade de tratamento de esgotos de 27% para 77% na cidade, teve de ser readequado por inviabilidade econômica. Dessa forma, o Executivo propôs o financiamento em duas etapas, com a execução do programa em dez anos. A primeira etapa, orçada em 115 milhões de dólares, seria realizada nos seis primeiros anos do projeto e trataria o saneamento do final do Arroio Cavalhada, drenagem, reurbanização, reconstituição de diques e reassentamento de moradores, bem como da gestão ambiental. Na segunda etapa, a ser executada nos quatro anos seguintes e orçada em 48 milhões de dólares, seria realizada a drenagem e reurbanização do Arroio Cavalhada desde a Avenida Icaraí até o Arroio Passo Fundo, reconstituição de diques, reassentamento de moradores e construção da Avenida do Parque.
Presser estima que, dos cerca de 1.700 reassentamentos a serem feitos para a implantação do Pisa, cerca de 700 ficarão a cargo do Dmae. Como contrapartida ao financiamento do BID (60% do total), o Dmae entraria com recursos de R$ 106 milhões no projeto, enquanto a Caixa Econômica Federal (CEF) financiaria R$ 31 milhões. O total de recursos investidos pelo Dmae deve chegar aos R$ 596,3 milhões, incluindo outros custos.
Carlos Todeschini (PT), que propôs o comparecimento de Presser, destacou as mudanças significativas em relação ao projeto original, principalmente em termos de economia, e defendeu a busca de recursos nacionais para o Pisa. Também comentaram o Pisa os vereadores Sofia Cavedon (PT), João Dib (PP), Raul Carrion (PCdoB), Bernardino Vendrúscolo (PMDB), Elói Guimarães (PTB), Carlos Comassetto (PT), Claudio Sebenelo (PSDB), José Ismael Heinen (PFL), Clênia Maranhão (PPS) e Maria Celeste (PT).
Andréia Bueno (reg. prof. 8148)