Plenário

Comunicações Temáticas / Mobilidade Urbana

Carlos Todeschini Foto: Elson Sempé Pedroso
Carlos Todeschini Foto: Elson Sempé Pedroso

O período de Comunicações Temáticas da sessão plenária de hoje (14/4) da Câmara Municipal de Porto Alegre tratou do tema Mobilidade Urbana. Leia abaixo a opinião dos vereadores sobre o assunto:

CONSCIENTIZAÇÃO - João Dib (PP) disse que qualquer política de melhoria da mobilidade urbana passa pela conscientização da população. "É preciso convencer as pessoas a deixar o carro em casa e utilizar o ônibus." Para Dib, outro problema a ser enfrentado, especialmente em Porto Alegre, é a falta de um plano viário. "Na década de 40 o prefeito Loureiro da Silva já alertava para a necessidade de termos trem subterrâneo." (MAM)

BICICLETA - Adeli Sell (PT) disse que de nada adianta ter um belo plano cicloviário, como Porto Alegre, e não colocá-lo em execução. Para ele, falta ousadia à administração municipal para adotar medidas práticas que incentivem o uso da bicicleta. "Hoje, a bicicleta é vista como lazer, mas precisamos pensá-la como meio de locomoção." Adeli defendeu a busca de recursos junto ao programa federal Bicicleta Brasil e também parcerias com empresas para construção de ciclovias. (MAM)

COMITÊ - Engenheiro Comassetto (PT) sugeriu a formação de um comitê suprapartidário, com participação de técnicos do Executivo, para montar estratégias visando buscar recursos federais para a mobilidade urbana. Observou que o país possui 6 mil municípios e que as cidades que apresentarem projetos terão prioridade na obtenção das verbas federais. "Um dos eixos de mobilidade que precisamos agilizar são as vias estruturadoras, como o acesso ao Porto Seco e a ampliação de avenidas na Zona Sul." (MAM)

CULTURA - Carlos Todeschini (PT) acredita ser preciso alterar o que ele chama de cultura do automóvel. Observou que não há obra que dê conta da demanda em uma cidade como Porto Alegre, que está recebendo cem novos carros por dia nas ruas. "É preciso pensar a mobilidade urbana como um todo." Segundo ele, há uma proposta de criação de um plano piloto cicloviário ligando o Centro Histórico a regiões próximas, mas a Prefeitura já disse que nada pode ser feito sobre isso a curto prazo. (MAM)

ESTRATÉGIA - Eloi Guimarães (PTB) defendeu que é preciso adotar medidas fortes quando se fala em tirar o automóvel da população. “É preciso raciocinar estratégica e tecnicamente para que se possa acomodar o conjunto”, enfatizou. Na opinião do vereador, a estrutura da cidade está posta. “As ruas são inelásticas”, disse Elói Guimarães enfatizando que as cidades concentram em torno de 2/3 da população. “É onde tudo se realiza”. O vereador falou ainda que a questão é complexa: “precisamos lançar uma visão estratégica sobre modal e espaço”. (RA)

GOVERNOS - Na opinião de Sebastião Melo (PMDB), quando o carro passa a ser mais importante que as pessoas, a situação fica preocupante. Disse que os governos são os grandes culpados pelo número de veículos em circulação nas cidades. “Eles disputam a tapas as montadoras e depois dizem que não está dando para aguentar”. Lembrou ainda da falta de inspeção nos carros. “Carros com mais de 10 anos não são vistoriados e circulam livremente”. Falou também que Fernando Henrique, como presidente, quis mandar dinheiro para Porto Alegre para mobilidade urbana. “Mas o PT não aceitou porque não era do mesmo governo”. (RA)

CARROS - Dr. Raul Torelly (PMDB) lembrou que hoje são mais 700 mil veículos circulando nas ruas de Porto Alegre. “Um carro para cada dois cidadãos”, disse. Falou que as rádios todas as manhãs alertam para os grandes engarrafamentos e defendeu ser preciso avançar rapidamente na questão estrutural da cidade. “Temos que avançar rapidamente por cima da democracia”. Lembrou do projeto do vereador Sebastião Melo (PMDB) que prevê a retirada das carroças de circulação. “Na ocasião votei contra, pois acho que problemas sociais são de competência dos governos, mas hoje acho que fizemos a coisa certa”. (RA)

Marco Aurélio Marocco (reg. prof. 6062)
Regina Andrade (reg. prof. 8423)

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