Comunidades discutem instalação de UPA na Zona Norte

Moradores dos bairros Sarandi, Rubem Berta, Cristo Redentor, Passo das Pedras, Vila Ipiranga, Jardim Lindóia, Jardim Itu Sabará, São Sebastião e Jardim Floresta estiveram reunidos na noite desta terça-feira (4/4) para discutir a instalação de uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) no Centro Vida, localizado na Avenida Baltazar de Oliveira Garcia, Zona Norte da Cidade.

Durante a reunião, os moradores lembraram que essas comunidades já haviam conquistado, no Orçamento Participativo (OP), em 2009, a instalação deste serviço neste local. Conforme disseram ainda, uma decisão do governo municipal teria inviabilizado a conquista alegando que a área não é ideal por não ter 3,5 metros quadrados, não ser de fácil localização para acesso da população e não ter possibilidade de atender um número mais abrangente de pessoas.

Por esses motivos, o governo municipal teria transferido a UPA para uma área junto ao triângulo da Avenida Assis Brasil, o que gerou discordância dos moradores da Zona Norte. As Unidades de Pronto Atendimento são de responsabilidade da prefeitura, mas gerenciados com recursos federais e estaduais.

Surpresa

“Fomos surpreendidos, com a troca de governo, de que não teríamos mais uma UPA no Centro Vida”, disse o vereador Dr. Raul Torelly (PMDB), que participou do encontro. Ele disse ainda que esta discussão vem sendo feita ao longo dos anos. “Instalar uma Unidade de Saúde não é simples, pois aproximadamente 500 pessoas são atendidas por dia”, informou o vereador.

O vereador Dr Thiago Duarte (PDT), presidente da Comissão de Saúde e Meio Ambiente (Cosmam), que promoveu o encontro, salientou que a intenção é achar uma saída que contemple a todos. “Precisamos construir este caminho conjuntamente”, sugeriu.

Posições
 
Representantes das comunidades se manifestaram sobre o tema. Alberto Terres, do Conselho Municipal da Saúde, demonstrou vários aspectos positivos, através de uma apresentação de dados, para a instalação da unidade no Centro Vida. “Com esta unidade aqui, minimizaríamos a situação dos hospitais Cristo Redentor e Conceição”, exemplificou Terres.

Salete Alminhana, representante do Conselho Tutelar da Região 10, disse que, por trabalhar no bairro, sabe das dificuldades das pessoas quando precisam de atendimento médico. “Eles não têm dinheiro nem para pegar um ônibus, como vão conseguir ir até a Assis Brasil”, questionou.

Ronie Gomes, presidente da Associação dos Moradores da Vila Vitória da Conquista, defendeu que o debate deve ser aprofundado entre as duas partes interessadas pela UPA. “Uma Unidade de Saúde á para a vida inteira, por isso temos que tomar cuidado com as nossas escolhas”, alertou Gomes.

No final do encontro, que contou ainda com a participação dos vereadores Mauro Pinheiro (PT) e Paulinho Rubem Berta (PPS), ficou decidido que, temporariamente, a discussão será suspensa. “Vamos ouvir os governos municipal e estadual sobre a decisão de transferência”, sugeriu Dr. Thiago.

Regina Andrade (reg. prof. 8423)