Saúde Pública

Cosmam avalia local para construção de UPA em Porto Alegre

Comunidade acompanhou visita à Praça Ernst Ludwig Herrmann Foto: Bolívar Abascal Oberto
Comunidade acompanhou visita à Praça Ernst Ludwig Herrmann Foto: Bolívar Abascal Oberto

A instalação da primeira Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Porto Alegre - definida para suprir a demanda da região norte e Eixo Baltazar -, vem demorando devido à indefinição do local específico para sua construção. Duas propostas diferentes estão sendo defendidas: pelo poder público, na praça Ernst Ludwig Herrman - próximo ao Strip Center da Assis Brasil, e pela comunidade, junto ao Centro Vida, localizado na Avenida Baltazar de Oliveira Garcia.

Visitando a praça na manhã desta terça-feira (26/10), os vereadores da Comissão de Saúde e Meio Ambiente (Cosmam) da Câmara Municipal ouviram dos moradores e do secretário municipal de Saúde, Carlos Casartelli, opiniões diversas sobre o assunto. As Unidades de Pronto Atendimento são de responsabilidade da prefeitura, mas gerenciadas com recursos federais e estaduais.

Para Casartelli, é inviável a edificação da UPA junto ao Centro Vida por questões técnicas como falta de acessibilidade para transeuntes, carros e ambulâncias, assim como o tamanho do terreno. "A área é muito pequena para a estrutura que uma Unidade de Pronto Atendimento exige", afirmou ao defender a construção da UPA no espaço da praça na Assis Brasil.

Segundo Casartelli, ali há terreno suficiente para implementação do prédio por três motivos: área ideal com 3,5 mil metros quadrados, fácil localização para acesso da população e possibilidade de atender um número mais abrangente de moradores. "Aqui neste local, podemos incluir outras comunidades que estariam afastadas com a UPA erguida no Centro Vida", explicou.

Um dos impasses para a edificação da UPA na praça, no entanto, se resume principalmente à questão ambiental. De acordo com o vereador Beto Moesch (PP), vice-presidente da Cosmam, uma praça e um posto de saúde são dois valores que não podem se sobrepor. "Tanto um quanto outro são fundamentais para a vida da população. Não podemos permitir que um seja destruído em prol de outro", alegou. Para o morador da região, Alberto Terres, a prefeitura não pode simplesmente escolher um terreno para construção de uma UPA sem levar em conta dados sociais, epidemiológicos e econômicos da região. "Ocupar uma praça para levantar um equipamento público exige respaldo e autorização ambiental", completou.

Alternativa

Como alternativa às duas opções que foram sugeridas até agora, o vereador Paulinho Rubem Berta (PPS), presente na reunião, apresentou uma terceira possibilidade de construção da UPA na zona norte. "Existe uma área ociosa ao lado do sambódromo que pode ser utilizada para esse fim. Quem sabe contemple as duas partes", sugeriu. Nesta quinta-feira (28/10), órgãos públicos municipais, vereadores e representantes das comunidades farão uma visita ao novo local sugerido por Rubem Berta para averiguar possibilidades técnicas para construção do novo espaço.

Para o presidente da Cosmam, vereador Aldacir Oliboni (PT), é preciso agilidade no processo de instalação das UPAs, já que a população aguarda há mais de dois anos por elas. "Temos que definir um espaço ideal o mais rápido possível para que os conselheiros distritais e locais de Saúde batam o martelo no Conselho Municipal de Saúde - que será o responsável por decidir onde será instalada a nova unidade", registrou.

Ester Scotti (reg. prof. 13387)

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