CPI da Invasão define presidente, vice e relator

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre a invasão da Câmara Municipal de Porto Alegre foi instalada na manhã desta segunda-feira (16/9) e realizou sua primeira reunião. Reginaldo Pujol (DEM) foi confirmado como presidente e houve a eleição dos vereadores Waldir Canal (PRB) para vice-presidente e Márcio Bins Ely (PDT) para relator. Segundo Pujol, inicialmente a CPI deverá trabalhar com 11 integrantes, já que a Bancada do PSOL informou a desistência da vereadora Fernanda Melchionna (PSOL).

Pujol informou que a CPI investigará a invasão da Casa por manifestantes, ocorrida de 10 a 18 de julho, e seus desdobramentos. "Mas o foco não é combater os movimentos sociais e sim separar o joio do trigo, especialmente a ação dos vândalos", explicou. O vereador anunciou que o relator terá até quinta-feira (19/9) para apresentar uma agenda de trabalho e que requerimentos com sugestões serão recebidos até 16 horas deste dia. Segundo Pujol, nas reuniões, serão analisados documentos, ouvidos depoimentos e feitas deliberações sobre assuntos pertinentes à CPI.

Conforme o presidente, as próximas duas reuniões serão realizadas às 11 horas desta quinta-feira e na segunda-feira (23/9) no mesmo horário, excepcionalmente. Como atestou, ainda não há dia fixo para os encontros, mas, provavelmente, eles ocorrerão às sexta-feiras pela manhã. Ainda lembrou que a comissão terá prazo de 120 dias, prorrogáveis por mais 60, para concluir os trabalhos e apresentar seu relatório sobre a investigação.

Além de Pujol, Canal e Bins Ely, farão parte da CPI os vereadores Alceu Brasinha (PTB), Paulinho Motorista (PSB), Luíza Neves (PDT), Tarciso Flecha Negra (PSD), João Carlos Nedel (PP), Valter Nagelstein (PMDB), João Derly (PCdoB) e Sofia Cavedon (PT).

Oposição

Na primeira reunião, Pujol leu ofício assinado pelo vereador Pedro Ruas (PSOL) ao presidente da Câmara, Dr. Thiago Duarte (PDT), em que justifica a desistência de Fernanda. Segundo o texto, o PSOL afirma que a ocupação da Câmara deveria ser analisada em uma sindicância e não em uma CPI, já que se tratou de um protesto de movimento social.

Única vereadora da oposição presente na primeira reunião, Sofia Cavedon (PT) também questionou a necessidade de uma CPI sobre a invasão. Como lembrou, dois oficiais de justiça fizeram relatórios sobre o episódio e a desocupação foi fruto de acordo mediado pela Justiça e pelo Ministério Público. Na eleição do vice-presidente e do relator da CPI, escolhidos por nove vereadores, Sofia se absteve de votar.

Texto: Claudete Barcellos (reg. prof. 6481)
Edição: Helio Panzenhagen (reg. prof. 7154)

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