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DEP aguarda licença da Smam para começar drenagem do Arroio Manecão

Gustavo Rocha, presidente da Associação de Moradores da Vila Jardim Floresta, pediu agilidade Foto: Elson Sempé Pedroso
Gustavo Rocha, presidente da Associação de Moradores da Vila Jardim Floresta, pediu agilidade Foto: Elson Sempé Pedroso (Foto: Elson Semp Pedroso/CMPA)
Os moradores da Vila Jardim Floresta, no bairro Lami, e Ponta Grossa reclamaram que, a cada ocorrência de chuva mais forte em Porto Alegre, diversas pessoas ficam desabrigadas. Eles se reuniram, na manhã desta terça-feira (1/4), na Comissão de Urbanização, Transportes e Habitação (Cuthab) da Câmara Municipal para debater o tema que já vem se arrastando desde 2007. 

"A cada nova enchente, as pessoas perdem tudo", disse Vera Lúcia Guimarães, moradora da Rua G, nº 234. Ela também informou que as chuvas fortes entopem os valos das ruas, que não têm asfalto, evitando que a água escoe e impedindo o trânsito de pessoas e veículos no local. Os moradores relataram que até mesmo um caminhão de bombeiros chegou a cair nas proximidades do arroio. “Desde 2007 estamos sofrendo com este problema. O esgoto está sempre transbordando, falta dragagem do arroio", afirmou Vera.

O presidente da Associação de Moradores da Vila Jardim Floresta, Gustavo Rocha, disse na reunião que cerca de 3 mil famílias e 720 casas compõem a comunidade. “Até hoje a nossa vila ainda não foi regularizada pela Prefeitura”, reclamou. Morador da Rua C, nº 148, Rocha criticou o descaso do Executivo com os moradores. 

Iara Gonçalves, proprietária de uma creche e moradora da Jardim Floresta, cobrou providências do DEP. “Os alunos, pais e professores não conseguem chegar até a creche em dias de chuva porque fica tudo alagado. É necessário que seja feita uma drenagem no Arroio Manecão com urgência”, disse. Iara cobrou ainda explicações da Prefeitura na demora para conseguir o alvará da creche, sendo que outra está sendo construída na comunidade e já conseguiu o alvará. 

Com a intenção de solucionar os graves problemas das comunidades atingidas, o engenheiro do DEP Ênio Renato Alves Júnior informou que os projetos para a drenagem já estão prontos. O prefeito José Fortunati assinou um o contrato de repasse de R$ 237,1 milhões a fundo perdido para obras e projetos de drenagem do Departamento de Esgotos Pluviais (DEP), selecionadas pelo governo federal. “Estamos dependendo das licenças ambientais da Secretaria Municipal do Meio Ambiente, e isso vai levar mais uns quatro meses”, informou o engenheiro. Os projetos de drenagem foram selecionados no Plano Nacional de Gestão de Risco e Resposta a Desastres Naturais do Governo Federal.

Ponta Grossa

O principal problema dos moradores do bairro Ponta Grossa são os alagamentos. O terreno baixo e plano na região, as ocupações irregulares e a falta de canalização de alguns arroios favorecem o transbordamento de água que inunda as ruas e entra nos pátios das casas em dias de chuva. Na Rua Dorvalina Rodrigues de Freitas, antiga Rua 1, margeada por um córrego sem canalização, quando chove demais a água transborda, fica difícil saber onde fica a rua e o córrego, trazendo insegurança aos moradores. O engenheiro do DEP informou que a limpeza é feita regularmente e que o projeto de canalização e ampliação das laterais encontra-se em processo adiantado, finalizando a fase de estudos para então iniciar a execução das obras. Segundo o engenheiro, o crescimento de vegetação e o lixo lançado no córrego provocam os alagamentos. 

Ênio Júnior disse aos moradores do Extremo Sul que não faz milagres. Segundo ele, há 15 anos a Prefeitura não faz licitação para operador de retroescavadeira. “Várias demandas chegam todos os dias pelo canal 156 da Prefeitura e nós não temos equipe suficiente para atender a uma cidade de 1,6 milhão de habitantes. E há pessoas que prometem coisas que não vão cumprir”, salientou. 

No final da reunião, o presidente da Cuthab, vereador Paulinho Motorista (PSB), fez o encaminhamento pedindo mais agilidade às secretarias envolvidas na limpeza de entulhos no Arroio Manecão e na Rua Dorvalina Rodrigues de Freitas. “O nosso povo da Vila Jardim Floresta e Ponta Grossa não podem mais esperar”, disse. 

Participaram da reunião os vereadores Alceu Brasinha (PTB), Delegado Cleiton (PDT) e Engenheiro Comassetto (PT) e o secretário municipal do Meio Ambiente (Smam), Cláudio Dilda.

Texto: Guga Stefanello (reg.prof. 12.315)
Edição: Marco Aurélio Marocco (reg. prof. 6062)