Dia D de vacinação contra Sarampo e Poliomielite é neste sábado
Neste sábado (18/8) é o dia D de vacinação contra o Sarampo e a Poliomielite. Esta ação é uma parte da campanha nacional de vacinação contra estas doenças, realizada pelo Ministério da Saúde desde o dia 6 de agosto e que vai até o dia 31 deste mês. Segundo os profissionais de saúde, a vacinação é importante para evitar que tanto o sarampo como a pólio voltem.
A Poliomielite está erradicada no Brasil desde 1990 e os casos de Sarampo atuais vêm da Venezuela, onde há um surto da doença desde 2017. Já foram registrados 13 casos de Sarampo no Rio Grande do Sul, vindos de importação, já que o genótipo do vírus que circula no Brasil vem do país vizinho. As doses de vacina estão sendo aplicadas em postos de saudde devidamente indicados pelas autoridades da área.
A Câmara Municipal de Porto Alegre apoia esta campanha e utiliza seus meios de divulgação e informação para reforçar a necessidade da vacinação.
Quem deve se vacinar:
Crianças de 12 meses a menores de 5 anos de idade: uma dose aos 12 meses (tríplice viral) e outra aos 15 meses de idade (tetra viral).
Crianças de 5 anos a 9 anos de idade que perderam a oportunidade de serem vacinadas anteriormente: duas doses da vacina tríplice
Adolescentes e adultos até 49 anos:
· Pessoas de 10 a 29 anos - duas doses da vacina tríplice
· Pessoas de 30 a 49 anos - uma dose da vacina tríplice viral
Quem comprovar a vacinação contra o sarampo conforme preconizado para sua faixa etária, não precisa receber a vacina novamente.
Quem não deve se vacinar:
· Casos suspeitos de sarampo, já que a Poliomielite está erradicada no Brasil
· Gestantes - devem esperar para serem vacinadas após o parto. Caso esteja planejando engravidar, assegure-se que você está protegida. Um exame de sangue pode dizer se você já está imune à doença. Se não estiver, deve ser vacinada um mês, antes da gravidez. Espere pelo menos quatro semanas antes de engravidar.
· Menores de 6 meses de idade
· Imunocomprometidos
Sarampo
O sarampo é uma doença infecciosa aguda, de natureza viral, grave, transmitida pela fala, tosse e espirro, e extremamente contagiosa, mas que pode ser prevenida pela vacina. Pode ser contraída por pessoas de qualquer idade. As complicações infecciosas contribuem para a gravidade da doença, particularmente em crianças desnutridas e menores de um ano de idade. Em algumas partes do mundo, a doença é uma das principais causas de morbimortalidade entre crianças menores de 5 anos de idade.
O comportamento endêmico do sarampo varia, de um local para outro, e depende basicamente da relação entre o grau de imunidade e a suscetibilidade da população, além da circulação do vírus na área.
Em 2016, o Brasil recebeu da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) o certificado de eliminação da circulação do vírus do sarampo. Atualmente, o país enfrenta dois surtos de sarampo, em Roraima e Amazonas. Além disso, alguns casos isolados e relacionados à importação foram identificados em São Paulo, Rio Grande do Sul, Rondônia e Rio de Janeiro.
Principais sintomas:
Febre alta, acima de 38,5°C;
Dor de cabeça;
Manchas vermelhas, que surgem primeiro no rosto e atrás das orelhas, e, em seguida, se espalham pelo corpo
Tosse;
Coriza;
Conjuntivite;
Manchas brancas que aparecem na mucosa bucal conhecida como sinal de koplik, que antecede de 1 a 2 dias antes do aparecimento das manchas vermelhas
Poliomielite
A Poliomielite, também chamada de pólio ou paralisia infantil, é uma doença contagiosa aguda causada pelo poliovírus, que pode infectar crianças e adultos por meio do contato direto com fezes ou com secreções eliminadas pela boca das pessoas infectadas e provocar ou não paralisia. Nos casos graves, em que acontecem as paralisias musculares, os membros inferiores são os mais atingidos.
A doença permanece endêmica em três países: Afeganistão, Nigéria e Paquistão, com registro de 12 casos. Nenhum confirmado nas Américas. Como resultado da intensificação da vacinação, no Brasil não há circulação de poliovírus selvagem (da poliomielite) desde 1990.
A poliomielite pode causar paralisia e até mesmo a morte, mas a maioria das pessoas infectadas não fica doente e não manifesta sintomas, deixando a doença passar despercebida.
A maior parte dos casos apresenta o tipo não-paralítico da doença, em que a pessoa não manifesta nenhum sintoma. Quando os sintomas surgem são brandos, e podem ser facilmente confundidos com uma gripe. Os sinais e sintomas, que costumam durar de um a dez dias, são:
Febre
Dor na garganta e na cabeça
Vômitos
Mal-estar
Dor nas costas ou rigidez muscular (principalmente nos membros inferiores)
Meningite
Em casos mais graves, a infecção pelo poliovírus leva à poliomielite paralítica. Alguns dos sinais são os mesmos da poliomielite não-paralítica, como febre, dor de cabeça e vômito. Entretanto, ela evolui para fortes dores musculares e flacidez nos membros, muitas vezes pior em um dos lados do corpo e em maior incidência nos membros inferiores.
Texto: Matheus Lourenço (estagiário de Jornalismo) - Com informações do Ministério da Saúde
Edição: Helio Panzenhagen (reg. prof. 7154)