Cefor

Direção pede celeridade em reformas na Escola Emílio Meyer

Comunidade pede agilidade na execução das obras para conserto do telhado da escola

  • Escola Emílio Meyer
    Prédio da Emílio Meyer está interditado desde setembro devido aos alagamentos
  • Reformas da Escola Municipal Emílio Meyer
    Vereadora Bruna Rodrigues (PCdoB) presidiu a reunião (Foto: Elson Sempé Pedroso/CMPA)

A Comissão de Economia, Finanças, Orçamento e do Mercosul (Cefor) da Câmara Municipal de Porto Alegre tratou do andamento das reformas na Escola Municipal Emílio Meyer, durante reunião virtual nesta terça-feira (16/11). No encontro, parlamentares, direção, professores, comunidade escolar e familiares de alunos reforçaram à representante do Executivo Municipal a importância de haver agilidade na execução de obras no telhado da instituição, que se encontra com o prédio interditado desde o mês de setembro em virtude de fortes chuvas, as quais ocasionaram sérios problemas de alagamentos, afetando rede elétrica e estruturas das salas de aula.

A diretora da Escola, Sônia Nunes, contou que o problema no telhado ocorre há anos. “Sempre houve remendos e pequenos consertos que não nos ajudaram. Neste inverno, com as últimas chuvas, tivemos alagamentos sérios. Houve a interdição do prédio, após a visita de um engenheiro eletricista e um civil encaminhados pela Secretaria Municipal de Educação (Smed). No laudo emitido, constataram que não poderia mais ficar funcionando, podendo causar danos à comunidade, com água vazando pelas luminárias, entre outros problemas." Segundo a diretora, a administração encaminhou projeto para que houvesse a reforma geral do telhado, que agora está num processo de ajuste, porque houve algumas contradições entre a empresa e os engenheiros. "Queremos receber nossos alunos e iniciar o próximo ano letivo com aulas presenciais e atendendo à comunidade no prédio”, afirmou a professora.

O representante do Conselho Escolar, Rafael Silva, apontou que a comunidade escolar está clamando por celeridade. “Essa reunião não é para achar culpados, mas formas e meios de ter celeridade, esbarramos agora na burocracia. Para nós, não importa o tipo de telhado, desde que na próxima chuva não chova dentro, que aluno não tenha que pular uma poça dentro da sala para pegar o caderno ou escrever no quadro. Precisamos que a obra comece logo. A comunidade já sofreu demais e foi parceira demais nesse tempo de pandemia. Pintamos sala, arrumamos sala destruída, paramos em burocracias que não estão ao nosso alcance, é um pedido de socorro que a gente faz aqui. A educação tem que ser tratada como prioridade que é, e nossa comunidade está se sentindo como se fosse colocada de lado. A gente teve negadas as matrículas na educação infantil, precisamos de um plano b, a empresa tem, sim, que se adaptar, mas a nossa comunidade não entende disso”, disse Silva, que também agradeceu o espaço de diálogo junto à Smed.

Secretaria Municipal de Educação

A coordenadora da Gestão de Obras da Smed, Marta Pokorski Sieradzki, explicou os encaminhamentos que a pasta está tomando sobre o tema e lembrou que o passo inicial seria licitar a obra, mas que, em função do tempo, foi encaminhada a contratação de empresa por meio da ata de registro de preços da Prefeitura. “Esse telhado vinha sendo tratado com medidas paliativas ao longo dos anos. Já estávamos trabalhando no projeto quando teve a enchente no inverno. Temos o cuidado com o uso da verba pública, estamos fazendo o convencimento para que a empresa faça aceite da planilha, encaminhando itens que serão avalizados pelos engenheiros. Estamos bem otimistas de podermos entrar em acordo com a empresa e começar de uma vez, esse item em que está a diferença de mais de R$ 60 mil é sobre a estrutura do telhado. A empresa ficou de dar retorno hoje”, ressaltou.

Sobre o cronograma previsto para as obras, Marta esclareceu que o mesmo é de 90 dias, mas que espera que isso ocorra no prazo de 60 dias. “Quando a obra iniciar, vamos fazer a remoção da estrutura do telhado, Na primeira etapa, haverá a demolição do telhado existente, depois a estrutura do telhado e finalizando com a colocação das telhas. Esperamos estar com o prédio pronto para o início do ano letivo de 2022. Em não havendo acordo com a empresa, teremos de debater outros planos, já que o prazo de uma licitação seria de seis meses. Seguimos com atenção à manutenção do diálogo e trabalhando com muita seriedade para que a retorno presencial na escola ocorra o mais breve", concluiu.

Vereadores

A presidente da Cefor, vereadora Bruna Rodrigues (PCdoB), coordenou o encontro e destacou a necessidade da garantia do atendimento e manutenção do vínculo com os alunos. “Denunciamos outras vezes certo descaso com a estrutura da escola. Temos pais e mães com dificuldades de trabalhar porque não têm onde deixar as crianças. Precisamos ver como podemos auxiliar nesse processo, é uma escola importantíssima para a região Centro-Sul, parte do dever coletivo dessa Comissão é mediar esses conflitos quando a gestão não dá conta ou quando a escola tem dificuldades e não tem retorno. Entendemos que a gestão pública precede de um certo rito que torna as coisas mais demoradas, mas, também, teremos o início do período letivo em 2022 e se criou uma expectativa para essa retomada”, enfatizou.

Moises Barboza (PSDB) disse que, em sua visão, a Smed está “fazendo o máximo" para que se tenha o ano letivo presencial no próximo ano. "O que está sendo feito é o caminho mais curto. Estamos rumando para a solução, ao mesmo tempo que há burocracia, é preciso segurança jurídica para fazer contratos. Nossa bancada e eu estamos à disposição.” Idenir Cecchim (MDB) ponderou que “não tem como dar um prazo, se a questão do contrato ainda não está resolvida. Todos nós temos que ajudar, é um problema de dez anos, temos que tentar resolver o quanto antes para resolver os entraves burocráticos e fazer essa reforma, tem que ser feito com tranquilidade e bem feito para que o telhado não desabe.”

Já o vereador Airto Ferronato (PSB) reforçou que “a Escola Emílio Meyer é uma instituição renomada" e que tem um carinho todo especial dos porto-alegrenses. "Vamos, juntos, buscar alternativas viáveis e que viabilizem o retorno o mais breve possível”, finalizou. O vice-presidente da Cefor, Mauro Zacher (PDT), também esteve presente no encontro.

Encaminhamento

Ficou definido que, na próxima terça-feira (23/11), haverá nova reunião com a Secretaria Municipal de Educação e com a participação dos vereadores e demais envolvidos no tema para que todos tenham um quadro atualizado dos encaminhamentos sobre o início das obras.

Texto

Bruna Mena Bueno (reg. prof. 15.774)

Edição

Carlos Scomazzon (reg. prof. 7400)

Tópicos:telhadoEscola Emílio MeyerSmed