DMLU nega fornecimento de lixo para reciclagem na Vila Beira do Rio
Comunidade rejeitou alternativa proposta pelo departamento
Na tarde desta terça-feira (4/10), a Comissão de Defesa do Consumidor, Direitos Humanos e Segurança Urbana (Cedecondh) da Câmara Municipal de Porto Alegre visitou a vila Beira do Rio, do Bairro Humaitá. Junto aos Departamentos Municipais de Limpeza Urbana (DMLU) e de Água e Esgoto (Dmae), o objetivo dos vereadores foi de estabelecer um acordo para a reciclagem de resíduos sólidos na comunidade.
O representante da Associação de Moradores e Amigos da Vila Beira do Rio (Amavbr), José Pedro Soares, apresentou a comunidade aos visitantes e apresentou as demandas dos moradores. Dentre elas, a pavimentação, o abastecimento de água e a conclusão de um galpão improvisado onde hoje se faz a reciclagem de lixo. “São 32 famílias passando por necessidades, por isso precisamos terminar o galpão e obter os resíduos para realizar o trabalho”, disse.
Em contraponto, o diretor da Divisão de Limpeza e Coleta do DMLU, Felipe Kowal, explicou que, para ingressar no Programa Todos Somos Porto Alegre, política pública que rege o sistema de reciclagem, seria necessária a construção de uma nova estrutura. “Não há possibilidade de destinar resíduos sólidos com o galpão em condições precárias. Temos que seguir o que diz a legislação”, explicou.
Reiterando que não são previstos recursos do departamento para esse tipo de obra, ofereceu como alternativa aos recicladores da Beira do Rio a adesão a outras cooperativas. “Eles podem ser integrados a outros locais de reciclagem, que são regularizados e recebem os resíduos do DMLU regularmente”, sugeriu. Contudo, a proposta foi refutada. “Nós trabalhamos aqui, com os resíduos que alguns condomínios parceiros nos fornecem”, afirmou José Soares.
Vereadores
O presidente da Cedecondh, vereador Dr. Thiago (DEM), questionou Kowal sobre a possibilidade de elencar algumas melhorias que podem ser feitas no galpão da comunidade, solicitação que foi acatada pelo diretor. “A estrutura é bastante precária e é muito difícil realizar o trabalho no local assim, portanto pedimos esse estudo para tentar viabilizar um acordo”, afirmou.
Vice-presidente da comissão, o vereador Prof. Alex Fraga (PSOL) concordou com a decisão dos moradores da Beira do Rio. “Esse é um espaço em que a comunidade está presente, e eles mesmos ergueram a estrutura atual. Precisamos entender a sensação de pertencimento ao espaço”, ponderou. Mesmo com a indefinição, o parlamentar viu o encontro como positivo. “Encaminhamos ao Dmae a possibilidade da ligação de água potável, o que será um avanço para a comunidade”, completou.
Texto: Paulo Egidio (estagiário de Jornalismo)
Edição: Marco Aurélio Marocco (reg. prof. 6062)
O representante da Associação de Moradores e Amigos da Vila Beira do Rio (Amavbr), José Pedro Soares, apresentou a comunidade aos visitantes e apresentou as demandas dos moradores. Dentre elas, a pavimentação, o abastecimento de água e a conclusão de um galpão improvisado onde hoje se faz a reciclagem de lixo. “São 32 famílias passando por necessidades, por isso precisamos terminar o galpão e obter os resíduos para realizar o trabalho”, disse.
Em contraponto, o diretor da Divisão de Limpeza e Coleta do DMLU, Felipe Kowal, explicou que, para ingressar no Programa Todos Somos Porto Alegre, política pública que rege o sistema de reciclagem, seria necessária a construção de uma nova estrutura. “Não há possibilidade de destinar resíduos sólidos com o galpão em condições precárias. Temos que seguir o que diz a legislação”, explicou.
Reiterando que não são previstos recursos do departamento para esse tipo de obra, ofereceu como alternativa aos recicladores da Beira do Rio a adesão a outras cooperativas. “Eles podem ser integrados a outros locais de reciclagem, que são regularizados e recebem os resíduos do DMLU regularmente”, sugeriu. Contudo, a proposta foi refutada. “Nós trabalhamos aqui, com os resíduos que alguns condomínios parceiros nos fornecem”, afirmou José Soares.
Vereadores
O presidente da Cedecondh, vereador Dr. Thiago (DEM), questionou Kowal sobre a possibilidade de elencar algumas melhorias que podem ser feitas no galpão da comunidade, solicitação que foi acatada pelo diretor. “A estrutura é bastante precária e é muito difícil realizar o trabalho no local assim, portanto pedimos esse estudo para tentar viabilizar um acordo”, afirmou.
Vice-presidente da comissão, o vereador Prof. Alex Fraga (PSOL) concordou com a decisão dos moradores da Beira do Rio. “Esse é um espaço em que a comunidade está presente, e eles mesmos ergueram a estrutura atual. Precisamos entender a sensação de pertencimento ao espaço”, ponderou. Mesmo com a indefinição, o parlamentar viu o encontro como positivo. “Encaminhamos ao Dmae a possibilidade da ligação de água potável, o que será um avanço para a comunidade”, completou.
Texto: Paulo Egidio (estagiário de Jornalismo)
Edição: Marco Aurélio Marocco (reg. prof. 6062)