Domingo é o Dia Mundial de Conscientização sobre a Doença Falciforme
Ela é uma das doenças hereditárias com maior incidência no Brasil, principalmente na população negra.
O Dia Mundial de Conscientização sobre a Doença Falciforme é comemorado neste domingo (19/6). A data foi instituída pela Organização das Nações Unidas (ONU) em dezembro de 2008 com a finalidade de conscientizar as pessoas sobre os riscos da doença e melhorar o atendimento aos pacientes.
A Falciforme causa uma alteração nas células vermelhas do sangue (hemácias) modificando o formato natural de disco para o de foice e dificultando a passagem pelos vasos sanguíneos evitando que o oxigênio chegue a todos os tecidos do corpo. Ela é uma das doenças hereditárias com maior incidência no Brasil, principalmente na população negra, e pode ser diagnosticada no “teste do pezinho” nos primeiros dias de vida do bebê ou com exame de sangue e a eletroforese de hemoglobina, quando o paciente for mais velho.
Segundo dados da triagem neonatal, em 2014 nasceram 1.166 crianças com os sintomas e 66.069 com o gene que pode desencadear a doença. No mesmo ano, a Câmara Municipal de Porto Alegre aprovou um projeto de lei, de autoria do vereador Guilherme Socias Villela (PP), para criar um cadastro de pessoas com anemia Falciforme no município, que é o nível mais grave da doença de Falciforme.
Dores articulares, fadiga intensa, palidez e icterícia, atraso no crescimento, feridas nas pernas, tendência a infecções, dor forte provocada pelo bloqueio do fluxo sanguíneo e pela falta de oxigenação nos tecidos,cálculos biliares, problemas neurológicos, cardiovasculares, pulmonares e renais são os principais sintomas da doença. Eles se desencadeiam de maneiras e com níveis de intensidade diferentes em cada pessoa.
A enfermidade não possui cura, e os pacientes precisam de assistência e acompanhamento médico para manter uma vida saudável e evitar complicações. Atualmente está em tramitação na Câmara um projeto, do vereador Alberto Terres (PT), que incentiva a formação de profissionais para trabalharem com a Falciforme. A proposta, segundo o vereador, não geraria custos para a Capital, pois seria financiado com o orçamento da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) destinado a capacitação, educação permanente e aperfeiçoamento dos profissionais municipais da saúde.
Texto: Cleunice Schlee (estagiária de Jornalismo)
Edição: Carlos Scomazzon (reg. prof. 7400)