Escola Salomão Watnick ainda espera pela nova sede
Atualmente em uma instalação provisória junto à Avenida Mariante, professores, pais e alunos da Escola Municipal de Ensino Fundamental Bilíngue Salomão Watnick reivindicaram, nesta terça-feira (26/10), a construção de um prédio definitivo em terreno da Zona Leste da Capital para abrigar 26 alunos surdos matriculados na instituição. O pedido ocorreu em reunião da Comissão de Educação, Cultura, Esporte e Juventude (Cece) da Câmara Municipal e contou com a participação da comunidade escolar, que teve a tradução simultânea pela Língua Brasileira de Sinais (Libras).
Sabina Braga, representando os pais no Conselho Escolar da escola, disse que o atual prédio não tem espaço físico para atender as demandas dos alunos. Não temos espaço para recreação e diversas atividades, inclusive para abrir novas turmas de ensino em 2011, relata. Júlia Barreto, vice-diretora da escola, disse que o prédio provisório é ocupado desde 2008 e que hoje conta com quatro turmas em duas salas de aula. Estamos aguardando a construção do prédio definitivo no bairro Partenon, pois atendemos desde a educação precoce até o segundo ciclo, informa.
Segundo Júlia, o espaço físico os limita a crescer e progredir pedagogicamente, mesmo que ressalte que não há fila de espera e as demandas são atendidas. As mães nos cobram. A gente vem crescendo e conquistando espaço e a credibilidade das famílias e alunos, registra ao lembrar que a equipe docente é formada por nove profissionais que atendem os 26 alunos matriculados. Não somos números e temos um ano letivo para começar em 2011 com, no mínimo, mais duas turmas. Onde vamos colocar essas crianças?, questiona.
Verbas
A secretária adjunta da Secretaria Municipal de Educação (Smed), Zuleica Beltrame, disse que o governo já investiu R$ 50 mil para melhorias no atual prédio. Ela também ressalta que já estão previstas as obras para o prédio definitivo da Salomão Watnick no Partenon, mas que é difícil estabelecer uma data para a construção. Zuleica informa que o custo estimado é de R$ 2 milhões, no mínimo, no terreno na Rua Cosme Damião. Queremos pedir emendas parlamentares para priorizar as obras, destaca, ao informar que as verbas da educação em Porto Alegre são adequadas ao conjunto das necessidades e demandas das cidades. Questionada pelos vereadores, ela admite que não há previsão do total deste montante na peça orçamentária para 2011, o que atrasaria para 2012 o início das obras.
Presidindo a reunião na Cece, a vereadora Sofia Cavedon (PT) informou que agendará uma reunião com o prefeito José Fortunati para uma readequação ao orçamento do ano que vem. Precisamos pressionar o governo e dizer ao prefeito que a construção desta escola é uma decisão política, do centro do governo, avalia. Outra demanda levantada pelas mães presentes ao encontro diz respeito a alugar um espaço maior, provisório, enquanto a sede definitiva não fica pronta.
Sofia prometeu buscar apoio da bancada federal gaúcha, que poderá, segundo ela, prever verba orçamentária para facilitar o orçamento da prefeitura, que entraria no sistema de contrapartida. Temos que convencer o governo para redirecionar verbas a esta escola, finaliza. Também estiveram presentes os vereadores Tarciso Flecha Negra (PDT) e Fernanda Melchionna (PSOL).
Leonardo Oliveira (reg. prof. 12552)
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