Cultura

Exposição na Câmara marca aniversário de Mario Quintana

O poeta em uma sessão de autógrafos Foto: Acervo Memorial/CMPA
O poeta em uma sessão de autógrafos Foto: Acervo Memorial/CMPA
No dia em que o poeta completaria 108 anos, a Câmara Municipal de Porto Alegre reapresenta, a partir desta quarta-feira (30/7), a exposição Mario Quintana das Crianças. Compõem a mostra 13 banners de fotos, textos e ilustrações que destacam o universo de Quintana, sua infância e, especialmente, seus livros voltados para o público infantil: O Batalhão das Letras (1948), Pé de Pilão (1975), Lili Inventa o Mundo (1983), Nariz de Vidro (1984) e O Sapo Amarelo (1984). 

Criada em 2006 para marcar o centenário de nascimento do escritor, a exposição foi elaborada em parceria pelo Memorial da Câmara e o Programa de Pós-Graduação da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. Como faz parte do projeto Exposições Itinerantes, do Memorial, a mostra pode ser emprestada a escolas e instituições.

A visitação vai até 15 de agosto no saguão térreo da Câmara (Avenida Loureiro da Silva, 255), das 8h30min às 18 horas, de segundas a quintas-feiras, e das 8h30min às 16 horas, às sextas-feiras, com entrada franca. Informações: (51) 3220-4318, no Memorial da Casa.

O poeta

Mario Quintana nasceu em Alegrete em 30 de julho de 1906. Foi escritor, jornalista, poeta e tradutor, sendo conhecido por escrever sobre coisas simples e combinar lirismo com perfeição técnica. Em 1919, mudou-se para Porto Alegre, onde estudou no Colégio Militar e começou a escrever seus primeiros textos literários. Adulto, foi trabalhar na Editora Globo, tendo traduzido mais de cem obras da literatura mundial, como Em Busca do Tempo Perdido, de Marcel Proust, e Mrs. Dalloway, de Virgínia Woolf.

Em 1940, Quintana publicou o primeiro livro: A Rua dos Cataventos, seguido por Canções (1946) e Sapato Florido (1948). Entre suas principais obras, estão também O Aprendiz de Feiticeiro (1950), Espelho Mágico (1951), Poesias (1962), Quintanares (1976), A Vaca e o Hipogrifo (1977), Esconderijos do Tempo (1980) e Baú de Espantos (1986).

A literatura de Quintana recebeu reconhecimento nacional somente em 1966, quando o poeta recebeu o Prêmio Fernando Chinaglia da União Brasileira dos Escritores por Antologia Poética. Nesse mesmo ano, foi homenageado pela Academia Brasileira de Letras. Em Porto Alegre, o poeta conseguiu ver a transformação do antigo Hotel Majestic, onde vivia, em Casa de Cultura Mario Quintana. Morreu na capital gaúcha em 5 de maio de 1994.

Texto: Claudete Barcellos (reg. prof. 6481)
Edição: Carlos Scomazzon (reg. prof. 7400)