COSMAM

Faltam profissionais no posto de saúde do Guarujá

Visita à Unidade Básica de Saúde Guarujá. Na foto, a coordenadora da UBS Guarujá, Grasiela Dias, e o vereador, André Carús.
Grasiela Dias (e) e André Carús, durante visita à UBS Guarujá (Foto: Candace Bauer)

Faltam pelo menos três médicos, três enfermeiros, cinco técnicos de enfermagem e quatro agentes comunitários de saúde para dar conta do atendimento na Unidade Básica de Saúde do bairro Guarujá, zona sul de Porto Alegre, em regime de 40 horas. Atualmente, estão lotados ali dois clínicos do programa Mais Médicos, uma obstetra, uma dentista, três enfermeiras, duas técnicas de enfermagem e quatro agentes de saúde. A demanda de acordo com o IBGE aponta de 12,6 mil usuários do SUS na região, sem contar um número desconhecido de moradores dos bairros Ponta Grossa, Restinga, Serraria e Lami, entre outros, os quais são atendidos ali por conta de problemas em suas regiões.

Para consultas eletivas um atendimento pode demorar dois meses naquela UBS. O relato das condições também foi repassado por funcionários da UBS durante a décima primeira visita a unidades de saúde do município, realizadas pela Comissão de Saúde e Meio Ambiente (Cosmam), presidida pelo vereador André Carús (PMDB), nesta quarta-feira (21/06). 

Acompanhado de representantes da comunidade, Carús ouviu reclamações de ambas as partes. Dos usuários do sistema e de funcionários responsáveis pelo atendimento da população local. Os usuários dizem que esperam até dois meses por uma consulta e que precisam buscar alguns medicamentos em unidades as quais demanda dois ônibus. 

A coordenadora da UBS Guarujá, Grasiela Dias, por sua vez, explicou que a unidade não conta com auxiliar de farmácia, assistentes administrativos e que acaba por ter de deslocar pessoal técnico para o atendimento de balcão. Mas a queixa maior da gestora é quanto ao estado da cadeira odontológica, considerada sucateada. 

Carús anunciou que a Cosmam entregará dois relatórios ao Executivo até o final de sua gestão (um específico sobre o Hospital Materno Infantil Presidente Vargas e outro sobre as unidades básicas, UPAS e outras instalações), apontando o que vai bem e o que precisa mudar no atendimento em saúde pública no município de Porto Alegre. 

Texto: Fernando Cibelli de Castro (reg. prof. 6881)
Edição: Carlos Scomazzon (reg. prof. 7400)