Farmacêuticos defendem mudanças no setor
A presidenta do Sindicato dos Farmacêuticos do RS, Débora Raymundo Melecchi, ocupou nesta segunda-feira (13/8) a Tribuna Popular da Câmara Municipal. Na oportunidade, Débora lembrou que o sindicato está engajado em campanha pela aprovação de projeto de lei federal que transforma as farmácias em estabelecimentos de saúde e unidades de prestação de serviços de interesse público.
Pela proposta, as farmácias teriam um atuação articulada com o SUS, ficariam proibidas de fazer propaganda que incentive a auto-medicação e não poderiam oferecer remédios pelo sistema de auto-serviço. Conforme ela, a entidade está preocupada com a situação atual do setor, que se transformou apenas em comércio de remédios. "Hoje, os estabelecimentos prestam serviços deficientes e difundem o uso irracional de medicamentos."
Débora apresentou números que comprovam os riscos que a população corre com a venda indiscriminada de remédios pelas farmácias. Destacou que a ingestão de medicamentos é uma das três maiores causas de intoxicação no país. "E o Estado responde por 19,5% dos casos verificados no Brasil."
Segundo ela, pesquisas revelaram que 50% de todos os remédios prescritos ou adquiridos no país são vendidos ou consumidos inadequadamente, que 75% das prescrições de antibióticos são errôneas e que apenas metade dos pacientes tomam os remédios corretamente.
Em nome de suas bancadas falaram os vereadores João Dib (PP), Dr Raul (PMDB), Carlos Comassetto (PT), José Ismael Heinen (Dem), Dr. Goulart (PTB), Cláudio Sebenelo (PSDB) e Professor Garcia (PPS).
Marco Aurélio Marocco (reg. prof. 6062)