GOE recebe diploma da Câmara pelo 52º aniversário
Presidente entregou diploma a representantes do GOE (Foto: Débora Ercolani/CMPA) Integrantes do Grupamento prestigiaram a cerimônia (Foto: Leonardo Contursi/CMPA)
A Câmara Municipal de Porto Alegre prestou homenagem pelo transcurso do 52° aniversário do Grupo de Operações Especiais da Polícia Civil (GOE), comemorados no dia 22 de maio, durante a sessão ordinária desta quinta-feira (23/05). Conduzida pela vereadora e presidente Mônica Leal (PP), que fez a entrega do diploma em cumprimento às autoridades presentes do GOE, a cerimônia também contou com a presença da secretária municipal de Segurança, Cláudia Cristina Santos da Rocha, representando o prefeito Nelson Marchezan Júnior.
Na oportunidade, em nome da Mesa Diretora, Mônica saudou o grupo. Disse que o grupamento é sinônimo de inteligência, agilidade operacional, treinamento especializado, alto padrão tático e de profissionais capacitados em segurança pública. Demonstrou o orgulho dela pelo seu pai, Pedro Américo Leal, ter sido um dos idealizadores e fundadores do GOE, assim como patrono do conjunto. “A minha ligação com vocês é estreita, afetiva e muito antiga”, enfatizou a presidente ao lembrar que está no seu terceiro mandato e, com isso, persiste na caminhada pela valorização e o incentivo dos profissionais da segurança pública de qualidade.
Segundo a parlamentar, o pioneirismo do GOE remete ao ano de 1967, quando foi iniciado no estado e no Brasil. Sempre de prontidão para agir, com um trabalho planejado e de reconhecimento público, Mônica elencou a gama de características fundamentais dos policiais que exercem sua missão: “determinação, equilíbrio emocional, força física, espírito de companheirismo, disposição, treinamento continuado e completa disponibilidade para ser acionado a qualquer momento”. “Obrigada por servirem e protegerem de forma tão séria a sociedade gaúcha”, elogiou.
Vereadores
Em nome do PSol, o vereador-professor Alex Fraga cumprimentou a todos os presentes pela data comemorativa. “É uma justa homenagem aos componentes da Polícia Civil”, afirmou. Mencionou, contudo, que a preocupação com a segurança não se dá somente no RS, mas no país inteiro e que “as políticas públicas devem avançar no combate a essa problemática”. Na tribuna, Fraga destacou que a Guarda Municipal não consegue enfrentar a segurança sozinha. “Vocês, como policiais civis, têm importante papel”, observou o parlamentar ao abordar a necessidade de investimentos pesados tanto na Polícia Civil quanto no Instituto Geral de Perícias (IGP), no sentido de efetivar a questão da segurança.
Grupamento
Representando o Grupamento, o delegado Carlos Iglesias Júnior expressou sua gratidão e satisfação pela homenagem. Contou que seria difícil apresentar toda a trajetória do GOE e, por isso, abordou aspectos considerados por ele como salutares. Relatou que o GOE foi o primeiro grupo tático do Brasil e um dos primeiros do mundo competente a realizar atividades de polícia não-convencionais; mencionou o apoio operacional concedido à Polícia Civil e a outros grupos no cumprimento de mandados; falou sobre o enfrentamento das ações judiciárias; e sublinhou “o legado edificado ao longo de muitos anos no combate à criminalidade cotidiana”.
Por fim, o delegado recordou Pedro Américo Leal e agradeceu à Mônica por ser a representação viva do pai no Legislativo Municipal. “Somos uma equipe multitarefa e introjetamos na mente dos componentes do GOE que não há labor impossível de ser cumprido”, cocluiu Iglesias ao, mais uma vez, agradecer e reforçar que o grupo está sempre buscando melhorias constantes e o avanço rumo à excelência.
História
O GOE foi o primeiro grupo tático do Brasil e um dos primeiros do mundo apto à realização de atividades de polícia não-convencionais. É anterior, inclusive, ao esquadrão SWAT de Los Angeles, pioneiro nos Estados Unidos da América, criado em 1970. O GOE foi criado em 22 de maio de 1967, no governo de Euclides Triches, pelo então superintendente dos serviços policiais, tenente-coronel Pedro Américo Leal, e teve como primeiro chefe o comissário de polícia Valdevino Francisco da Silva.
Atualmente conta com 47 integrantes e pode ser qualificado como uma equipe multitarefa, contando com vários segmentos, entre os quais: o Serviço Policial Operacional (SPO), encarregado do traslado dos presos de todos os órgãos policiais de Porto Alegre e Região Metropolitana até as respectivas Casas Penais do Estado do Rio Grande do Sul, o Grupo de Resgate e Intervenções (GRI), responsável pela atuação em gerenciamento de crise e apoio em operações policiais, a Casa de Custódia Policial, local onde são mantidos os presos com prerrogativa de prisão especial, e a Secretaria do GOE, onde são desenvolvidos projetos administrativos.